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Polícia

RS: instituto de defesa ambiental servia para fraudar licenças, diz PF

1 mai 2013 - 09h01
(atualizado às 09h06)
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<p>Berfran Rosado&nbsp;era s&oacute;cio e diretor-presidente do&nbsp;Instituto Biosenso, que teria intermediado as fraudes</p>
Berfran Rosado era sócio e diretor-presidente do Instituto Biosenso, que teria intermediado as fraudes
Foto: Assembleia Legislativa do RS / Divulgação

As investigações da Polícia Federal na Operação Concutare - que na segunda-feira prendeu o secretário de Meio Ambiente do Estado, Carlos Fernando Niedersberg (PCdoB), e outras 17 pessoas por suspeita de fraudes em licenças ambientais - apontam que uma entidade supostamente criada para defender o meio ambiente servia para intermediar as fraudes. O Instituto Biosenso de Sustentabilidade Ambiental era utilizado por dois ex-secretários estaduais de Meio Ambiente, Berfran Rosado e Giancarlo Tusi Pinto, ambos do PPS, para manter uma rede de contatos que facilitava as licenças ilegais. Berfran era sócio e diretor-presidente do instituto, e Giancarlo, diretor, e ambos foram presos pela PF há dois dias. As informações são do jornal Zero Hora.

Em 2007, a então governadora do RS, Yeda Crusius (PSDB), nomeou Berfran como secretário estadual do Meio Ambiente e Giancarlo como adjunto dele. Em 2010, ele deixou Giancarlo no comando da pasta para concorrer a vice-governador na chapa de Yeda - que perdeu o pleito em terceiro lugar. A partir daí, Berfran passou a arquitetar a criação do Instituto Biosenso, que foi efetivada em maio de 2011. Segundo a PF, a entidade utilizou o slogan de defesa do meio ambiente para esconder uma estrutura que tinha ligações com os principais órgãos ambientais, principalmente a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Berfran e Giancarlo eram "despachantes ambientais", de acordo com a PF. No início do trâmite dos processos, a Fepam exigia as obrigações legais dos interessados em obter as licenças ambientais - mas depois, disse a PF, "pela intensa articulação dos citados intermediadores (notadamente do Biosenso) junto à cúpula da fundação, tais exigências eram relativizadas", diz um trecho da apuração da PF.

Fonte: Terra
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