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Polícia

PR: policiais torturaram suspeitos de estuprar e matar jovem em parque

Secretaria de Segurança do Estado afasta e investiga todos os policiais da delegacia do Alto Maracanã

15 jul 2013 - 09h49
(atualizado às 10h00)
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Tayná foi morta no dia 25 de junho, em Colombo (PR)
Tayná foi morta no dia 25 de junho, em Colombo (PR)
Foto: Facebook / Reprodução

Os policiais civis lotados na delegacia do Alto Maracanã, em Colombo (PR), foram afastados de suas funções depois que os quatro funcionários de um parque de diversões presos por suspeita de estuprar e matar a adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos, denunciaram tortura para confessar os crimes.

De acordo com a Secretaria de Segurança do Estado, a tortura foi comprovada, mas ainda é necessário investigar o número exato de policiais envolvidos. Eles devem responder inquérito administrativo e criminal e ser exonerados.

Logo que a suspeita foi levantada, a Secretaria de Segurança determinou à Corregedoria da Polícia Civil imediata investigação do caso. Os suspeitos foram substituídos por policiais do Centro de Operações Especiais por tempo indeterminado. "Policial torturador não é policial, é delinquente", afirmou o secretário de Justiça do Paraná, Cid Vasques.

Tayná foi morta no dia 25 de junho. Dois dias depois de seu sumiço, a polícia prendeu quatro funcionários do parque de diversões, que, em depoimento, confessaram o crime. Porém, uma perita que examinou o local do crime afirmou que a cena encontrada não representava uma situação de estupro. Posteriormente, um exame de DNA comprovou que o sêmen encontrado no corpo de Tayná não pertencia a nenhum dos presos.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), então, ouviu o depoimento dos quatro suspeitos, que acusaram 10 policiais civis, um policial militar, um guarda municipal, um preso e um delegado de torturá-los em interrogatórios. "(O delegado estava) com a maquininha de choque e já chegou prensando, 'cadê o corpo da menina, não sei o que...'", afirmou um dos presos. Diante das denúncias, o Ministério Público pediu a liberdade provisória dos suspeitos.

Fonte: Terra
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