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Polícia

Para familiares, policiais foram autores de 12 mortes em Campinas

Cinco dos 12 mortos foram enterrados nesta terça

14 jan 2014 - 13h00
(atualizado às 13h27)
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Cinco dos 12 homens mortos entre a noite de domingo e madrugada de segunda-feira em Campinas foram velados e sepultados na manhã desta terça-feira no Cemitério dos Amarais. Emocionados, familiares e amigos disseram que acreditam que soldados da Policia Militar são os autores das execuções de seus parentes.

"Eles usavam touca ninja, mas dava para ver a farda e os coturnos dos soldados", afirmou a irmã de um rapaz morto.

O aposentado Sérgio Donizete, pai de outra vítima, afirmou que ouviu pessoas dizerem que viram  policiais no momento das mortes. "As pessoas falam que tinha homem fardado de policia. Por que fazer isso com os meninos? Eu não confio mais na policia", comentou.

Outros familiares preferiram não falar, pediram para não mostrar o rosto e não queriam ser fotografados. "Respeitem. Respeitem a nossa dor", gritou uma mulher.

Um grupo de cinco a sete pessoas, sentadas em um banco na praça do cemitério, comentava que os moradores do bairro estão organizando um protesto para exigir justiça, mas não forneceram mais detalhes.Na tarde de segunda-feira, outros sete mortos foram sepultados nos cemitérios dos Amarais e Parque das Flores. 

Os 12 homens, com idade entre 17 e 30 anos, foram mortos em cinco bairros da região do Ouro Verde, área periférica e uma das mais populosas de Campinas. Devido ao fato das mortes terem ocorrido em sequência, a policia acredita que tratam-se de execuções e não descarta várias hipóteses pela motivação, desde briga entre quadrilhas, vingança e até retaliação pela morte do policial militar Arides dos Santos, 44 anos. Ele foi morto no último domingo por um tiro na cabeça após um assalto em um posto de combustível.

Cinco pessoas foram mortas de uma vez no bairro Vida Nova, outros quatro no Recanto do Sol, um no Parque Universitário, outro no Parque Vista Alegre e mais um no Parque Cosmo. A Policia Civil recolheu 53 fragmentos de projéteis de arma 380 e 89 milímetros nas imediações dos crimes.

Por conta das cinco mortes no Vida Nova, na manhã de segunda-feira populares atearam fogo em três ônibus, depredaram sete e quebraram cabines no terminal urbano. Duas pessoas foram detidas para averiguação e ninguém saiu ferido. Os veículos voltaram a operar em sete linhas com a escolta da Guarda Municipal.

Fonte: Especial para Terra
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