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Polícia

Família de casal morto por vizinho diz 'não ter explicação'

Versão da família é que o assassino fazia barulho e que o casal tinha formalizado contra ele uma reclamação para o síndico do prédio

24 mai 2013 - 17h36
(atualizado às 17h47)
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 O velório acontece na capela Nossa Senhora de Lourdes, mesmo local onde as vítimas se casaram em 2004
O velório acontece na capela Nossa Senhora de Lourdes, mesmo local onde as vítimas se casaram em 2004
Foto: Bruno Santos / Terra

A família do casal Fábio de Rezende Rubim, 40 anos, e Miriam Amstalden Baida, 38 anos, assassinado na noite de ontem pelo vizinho Vicente D'Alessio Neto, 62 anos - que em seguida se suicidou -, ainda busca explicações para o que aconteceu. Durante o velório de ambos, em Indaiatuba, no interior de São Paulo, o jornalista Celso Ming, tio de Fábio, afirmou que todos ainda tentam entender o que aconteceu no apartamento das vítimas, em Alphaville, na Grande São Paulo.

"Estamos todos sem explicação. Você não pode nem dizer que é um caso de violência social, um problema de delinquência. Tudo leva a crer que esse cara é um desequilibrado", disse ele, em nome da família. Ainda assim, o jornalista afirmou que a família não tem um sentimento de revolta. "Tem esse inconformismo por ter acontecido desse jeito, mas ninguém está dizendo que esse cara é um terrorista, um ladrão, um assassino. Ninguém está falando isso. Esse cara é um doente mental", afirmou ele.

Ming refuta a versão de que o casal costumava fazer barulho no apartamento, o que teria irritado o vizinho ao ponto de ele cometer o crime. Segundo ele, o que acontecia era o contrário, e que na condição de subsíndico do prédio, Fábio teria feito uma queixa contra Vicente.

"Eu não sou testemunha dos fatos e o que eu tenho é o que a gente sabe da família. O que eu tenho é que o vizinho é um cara tremendamente barulhento e arrastava móveis o dia inteiro. Aquela coisa, caía cadeira... A menina, a Mariana (filha do casal), muitas vezes nem conseguia dormir. O que ele (Fábio) fez foi reclamar com o síndico. Uma reclamação de que estava muito barulhento e que deveriam pedir a ele para dar uma maneirada", disse.

Ming conta que Fábio e Miriam eram primos de terceiro grau e que estavam prestes a mudar do apartamento em que ocorreu o crime. Nos próximos meses, eles deveriam ir para Valinhos, no interior de São Paulo. "Os dois já tinham a intenção até de sair daquela área e se mudar para Valinhos, para melhorar a qualidade de vida. Eles achavam que não tinham uma boa qualidade de vida ali. Lá em Valinhos seria uma coisa melhor. Eles estavam com esse projeto", afirmou. "Eles iam mudar em um mês", completou.

Fábio e Miriam, segundo Ming, se conheceram na comunidade Helvétia, em Indaiatuba. A comunidade é formada por suíços que passaram a viver nessa região no fim do século 19. O enterro está marcado para este sábado no cemitério da comunidade. O velório acontece na capela Nossa Senhora de Lourdes, mesmo local onde as vítimas se casaram em 2004.

Fonte: Terra
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