7 de setembro: como será o feriado no governo Lula?
Durante o evento, forças públicas que atuaram no RS, profissionais da saúde e o boneco do Zé Gotinha estarão presentes
Neste ano, no desfile de 7 de Setembro, o governo decidiu homenagear não apenas os medalhistas das Olimpíadas de Paris, mas também o estado do Rio Grande do Sul, afetado por enchentes no primeiro semestre. Durante o evento, forças públicas que atuaram no RS, profissionais da saúde e o boneco do Zé Gotinha estarão presentes. Bandeiras dos países participantes do G20, que será realizado no Rio de Janeiro em novembro, também estarão em destaque.
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Com o tema "Independência e democracia", o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou os chefes dos três Poderes e todos os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Em contraposição, a oposição promoverá outro ato contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na avenida Paulista, em São Paulo, na mesma data.
Moraes não confirmou presença no desfile de 7 de Setembro. Entre os ministros do STF, apenas o presidente Luís Roberto Barroso deu sinal positivo ao Planalto. Também devem estar presentes a maioria dos ministros do governo.
Uma das principais metas de Lula é afastar a data do 7 de Setembro da imagem associada ao bolsonarismo. Na gestão anterior, a comemoração foi apropriada pelo ex-presidente como uma demonstração de força de seus apoiadores. Agora, o governo atual deseja restaurar a celebração como um ato de estado, com ênfase em políticas públicas e avanços nacionais.
O pastor Silas Malafaia e deputados da oposição, como Nikolas Ferreira (PL-MG), marcaram a manifestação contra Moraes, e vão usá-la para inflar as assinaturas de um abaixo-assinado que pede o impeachment do ministro. No dia seguinte, os parlamentares entregarão o documento no Congresso.
Corte no orçamento de 7 de setembro
Os bloqueios orçamentários do governo reduziram os gastos do evento para R$ 10 milhões, quase a metade do previsto. Inicialmente orçado em R$ 16 milhões, o valor foi ajustado para R$ 13 milhões e, por fim, limitado a R$ 10 milhões. O corte principal ocorreu em maquinário e no número de militares que desfilariam, os maiores custos do cerimonial, considerando locomoção e hospedagem.
A contenção orçamentária foi tão severa que o Ministério da Defesa e a Secretaria de Comunicação Social (Secom) chegaram a cogitar o cancelamento da solenidade. No entanto, decidiram mantê-la devido à importância simbólica da data.
A locação de helicópteros também foi cancelada. Oito viriam da Base Aérea de Anápolis (GO), a 160 km de Brasília, e outro do Pará. Com um custo de R$ 10 mil por hora, a presença dessas aeronaves foi descartada.
Por outro lado, a Esquadrilha da Fumaça, uma das atrações mais aguardadas, está confirmada. O esquadrão aéreo, que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, terá um custo estimado em R$ 700 mil.