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IBGE: 'geração canguru' ganha cada vez mais espaço

29 nov 2013 - 10h05
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Entre os fenômenos de destacados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chama a atenção o crescimento da chamada “geração canguru”, termo usado para designar jovens de 25 a 34 anos que ainda vivem na casa dos pais. De 2002 a 2012, a proporção de jovens neste segmento passou de 20% para 24%.

A coordenadora da pesquisa, Ana Lúcia Saboia, diz que o fenômeno, recente e ainda pouco estudado no Brasil, vem seguindo uma tendência já observada nos países da Europa e pode ajudar a entender as mudanças ocorridas nas famílias no País.

A decisão de morar com os pais, segundo Saboia, pode se basear em justificativas e explicações diversas que envolvem desde questões financeiras (desemprego, custo habitacional), às questões psicológicas (comodismo, a chamada Síndrome de Peter Pan) e mesmo sociodemográficas (queda da taxa de fecundidade, aumento da idade ao casar, aumento do número de divórcios e separações conjugais), envolvendo diferentes graus de dependência econômica e familiar.

Porém, a questão central que recai sobre essa nova “geração” é que a opção de morar com os pais é feita de forma voluntária, uma vez que esses jovens possuem rendimentos e, no geral, alto grau de escolaridade. “Isso é fruto de vários adiamentos. Adiamento da idade para casar, do momento de ter filhos, de deixar a escola”, explica.

A geração canguru é formada 60% por homens e é maior na região Sudeste – 26,7% - , contra os 15,9% observados na região Norte. Outra diferenciação importante dentro desde fenômeno é a renda. Do total de jovens em arranjos familiares com parentesco, cerca de 11,5% possuíam filhos entre 25 e 34 em casa. Nos arranjos com renda per capita de até meio salário mínimo este número passa para 6,6%, chegando a 15,3% nas famílias com renda entre dois a três salários mínimos per capita.

Fonte: Terra
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