Ex-chefe da PRF Silvinei Vasques é preso no Paraguai, Moraes determina prisão preventiva
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso no Paraguai, informou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira.
Texto publicado no site do STF afirma, com base em informações da Polícia Federal, que Silvinei foi preso enquanto tentava embarcar para El Salvador, portando um passaporte paraguaio falso, após fugir do Brasil em um carro possivelmente alugado.
Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão preventiva do ex-diretor da PRF após ele violar medidas cautelares e fugir.
"A jurisprudência do STF é firme no sentido da decretação da prisão em razão da fuga do distrito da culpa, quando demonstrada a pretensão de se furtar à aplicação da lei penal", afirmou Moraes, em nota.
Silvinei foi condenado a 24 anos e seis meses por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado que culminou com os atos de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com decisão do ministro, a PF informou que, por volta das 3h do dia 25, a tornozeleira eletrônica de Silvinei ficou sem sinal de GPS e sem sinal de GPRS às 13h, provavelmente por falta de bateria. Equipes policiais se dirigiram à casa do ex-PRF e constataram que ele não estava mais lá.
"Diligências in loco realizadas pela Polícia Federal no endereço residencial do réu Silvinei Vasques indicam a efetivação de sua fuga", diz Moraes na decisão.
A PF aponta que imagens do circuito fechado de TV mostraram Silvinei colocando bolsas no porta-malas de um veículo possivelmente alugado na noite do dia 24.
O ex-PRF também abasteceu o carro com ração e muitos sacos de tapete higiênico para cães, além de comedouros para pets. Depois, as imagens o registram conduzindo um cachorro para o automóvel e saindo em seguida.
A defesa de Silvinei afirmou por mensagem que "a defesa cuida do processo e não da vida dele" e que se informou sobre os recentes acontecimentos pela imprensa.