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Tutor de cão que morreu em voo da Latam luta na Justiça para ampliar indenização

Weiser, um american bully, morreu por asfixia após roer parte da caixa de madeira em que era transportado

29 abr 2024 - 19h55
(atualizado às 22h17)
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Resumo
Um casal de Aracaju (SE) solicita, na Justiça, um valor maior de indenização da Latam depois do falecimento de seu animal de estimação durante um voo, buscando que as companhias revejam a forma de transportar pets.
Tutor de cão que morreu em voo da Latam luta na Justiça para ampliar indenização
Tutor de cão que morreu em voo da Latam luta na Justiça para ampliar indenização
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O engenheiro civil Giuliano Conte está lutando na Justiça para ampliar o valor da indenização que recebeu após o animal de estimação dele, o cão american bully de 4 anos Weiser, ter falecido em um voo da Latam em 2021. De acordo com ele, o dinheiro não irá trazer o animal de volta, porém, é o mínimo que a companhia deve fazer depois de tanto sofrimento causado a ele e à esposa.

Giuliano conta que, na época, ele e a esposa, que estava grávida, voltavam para Aracaju, onde moravam, após passar um período em São Paulo. Como de costume, Weiser viajava em uma caixa que o cão já tinha familiaridade e era despachado no mesmo voo que eles. Porém, desta vez, foi diferente. 

Chegando ao aeroporto, a companhia responsável pelo voo, a Latam, informou que ele teria que ir pela Latam Cargo, braço da empresa para o transporte aéreo de cargas, e em uma caixa diferente, feita de madeira (kennel). Obedecendo às normas, o casal embarcou Weiser e, ao chegar à capital sergipana, descobriu que o animal tinha morrido. Ao todo, o cachorro ficou quase quatro horas preso. 

Segundo Giuliano, Weiser faleceu após ter roído parte da caixa em que estava e ter se asfixiado. Depois da morte do animal, a companhia chegou a interromper o transporte de pets por 30 dias. 

Weiser, um american bully, morreu por asfixia após roer parte da caixa de madeira em que era transportado
Weiser, um american bully, morreu por asfixia após roer parte da caixa de madeira em que era transportado
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Em outubro de 2023, a Latam foi condenada a pagar R$ 10 mil de indenização ao casal por danos morais pela 3ª Vara Cível de São Paulo, mas o engenheiro não acha que o valor seja justo em relação a todo o sofrimento que enfrentaram. 

“A decisão em primeiro grau foi arbitrada pelo juiz nesse valor, só que a causa que nós estamos pleiteando é no valor de R$ 52 mil. Talvez não tenha levado em consideração a parte emocional, os danos que nós sofremos além do financeiro. Acho que isso nem repara, mas é o mínimo que eles poderiam fazer”, explicou Giuliano em entrevista ao Terra.

O casal ressalta ainda que insiste na causa para que as companhias aéreas revejam a forma que realizam o transporte animal. “É muito desumano. Todos os animais ficam em uma área que não tem refrigeração, ficam em uma área sem cuidado, sem atenção veterinária”, diz o engenheiro.

“Nós estamos lidando com vida, não estamos lidando com uma simples caixa ou uma simples encomenda. Então, acho que a gente espera e crê que um dia isso vai ser mais humanizado”, lamenta Giuliano. 

O engenheiro conta que reviveu tudo que passou após saber do caso de Joca, que repercutiu na semana passada e é semelhante ao de Weiser. “Tudo o que aconteceu com o Joca na última semana nos fez reviver os sentimentos, a tristeza que nós passamos em 2021. Coisa que a gente esperava não passar mais, mas infelizmente continua acontecendo”, lamentou. 

“É uma tristeza grande porque o Weiser não era só um animal de estimação, ele era nosso companheiro mesmo. Ele fazia parte da nossa rotina, ele era muito dócil, ele era muito amado, e a gente continuar vendo essas coisas com outros animais realmente dói”, conclui Giuliano. 

O Terra entrou em contato com a Latam para que ela possa se posicionar sobre o assunto, mas ainda não obteve resposta. 

Fonte: Redação Terra
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