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SP: 37% dos moradores de favelas levam mais de 1 h para ir ao trabalho

6 nov 2013 - 10h29
(atualizado às 10h29)
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Moradores de favelas em São Paulo e Manaus são os que, proporcionalmente, mais tempo passam no trânsito, se deslocando entre a casa e o trabalho. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira mostram que 37% dos que residiam nos chamados "aglomerados subnormais" gastavam, em 2010, mais de uma hora, diariamente, no deslocamento para o trabalho. Entre os moradores de outras áreas, 30,3% levavam tempo parecido entre a residência e o trabalho.

Em Manaus, essa proporção chegava a 26,1%, entre os que viviam em áreas favelizadas. Para os que não residiam nessas áreas, 15,8% gastavam mais de um hora, por dia, no transporte para o trabalho.

No Rio de Janeiro, a configuração era inversa. Entre os que moravam em favelas, 21,9% levavam todo esse tempo no deslocamento entre casa e trabalho. Já entre os que viviam em outras regiões, 26,3% gastavam mais de uma hora.

Isso mostra que muitos dos residentes nessas áreas mais carentes estão em áreas periféricas de São Paulo e Manaus. No Rio, muitas favelas estão nas regiões próximas ao centro, como zona sul e Tijuca, na zona norte.

Na média de todo o Brasil, 19,7% dos moradores de aglomerados subnormais levavam, pelo menos, uma hora, nesse trajeto. Entre os que viviam em outras áreas, 19% gastavam tempo semelhante.

Pesquisa registra 3,2 milhões de casas em favelas, em 323 cidades

O IBGE informou ainda que havia, em 2010, 3,2 milhões de residências em 323 cidades do País situadas em áreas de favelas. Desse total, 49,8% estavam situados na região Sudeste; 28,7% estão no Nordeste, 14,4% no Norte, 5,3% no Sul, e 1,8% no Centro-Oeste.

O levantamento mostra que 52,2% dos domicílios situados em aglomerados subnormais estavam em áreas predominantemente planas. Outros 26,8% estavam em áreas com aclive ou declive moderado, e 20,7% se encontravam em locais com aclive ou declive acentuado.

Se analisado o tipo da via em que essas residências estão localizadas, 51,8% ficavam em uma rua; 39,7% estavam em becos ou travessas; 4,2% se situavam numa escadaria, e 2% num caminho ou trilha. Já 0,9% viviam em uma via sem circulação interna. 

A pesquisa observou ainda que 12% das casas em áreas de favelas estavam situadas às margens de córregos, rios e lagoas. No Acre, essa proporção é a maior do país, chegando a 90%. Na região metropolitana de Macapá, 83% desses domicílios estavam sobre rios, córregos, lagos ou mar. São as famosas palafitas, comuns naquela região.

Fonte: Terra
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