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RJ: taxistas protestam contra liminar que muda regras da categoria

Medida interrompe transferências, hereditariedade, inscrição de vagas auxiliares e liberação das permissões cassadas

28 jun 2013 - 12h40
(atualizado às 14h31)
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Conforme o sindicato da categoria, por causa da liminar um grande número de trabalhadores está impedido de exercer a atividade
Conforme o sindicato da categoria, por causa da liminar um grande número de trabalhadores está impedido de exercer a atividade
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press

Uma carreata de mais de 700 taxistas, previstas para esta sexta-feira, vai sair do Clube Boqueirão, próximo ao aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio de Janeiro, e seguirá até o Fórum da cidade. O protesto é em repúdio à liminar que interrompe as transferências, a hereditariedade, a inscrição de vagas auxiliares, além da liberação das permissões cassadas dos taxistas. A liminar tramita na Vara de Fazenda Pública da comarca da capital.  

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas

Manifestações tomam as ruas do País; veja fotos

Segundo a presidente do sindicato dos taxistas autônomos do município do Rio de Janeiro, Adriana Iório, por causa da liminar um grande número de trabalhadores está impedido de exercer a atividade. Segundo ela, a medida impede a inclusão de novos táxis auxiliares. Adriana acrescentou que os taxistas estão tendo suas autonomias cassadas para serem licitadas pelo município.

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Para Adriana, a solução da questão está no projeto 2307, de autoria  do deputado Dionísio Lins, que regulamenta a profissão em todo o Estado. "O taxista despertou para partir para o tudo ou tudo. Tenho certeza que a vitória já está garantida", destacou a presidente.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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