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Policiais federais protestam por mudanças na carreira no Rio

28 jun 2013 - 12h19
(atualizado às 12h24)
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Agentes da Polícia Federal (PF) fizeram na manhã desta sexta-feira uma manifestação contra a corrupção e em defesa da reestruturação de carreira de nível superior - escrivães, papiloscopistas e agentes. O protesto ocorreu em frente ao prédio da PF, na Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro. A presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado, Valéria Manhães, informou que a reivindicação pelo enquadramento salarial com a reestruturação de carreira para ensino superior já existe há seis anos.

"Os agentes, escrivães e papiloscopistas sempre se preocuparam em oferecer o melhor trabalho para o Brasil. E isso sempre englobou o problema da corrupção no País. Para você entrar na Polícia Federal, você precisa de nível superior. Entretanto, até agora, as nossas atribuições estão em uma portaria de 1989 que não contempla o nível superior", explicou. Ainda segundo Valéria Manhães, há uma exigência também por reajuste salarial.

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"Desde 2009 que os agentes, escrivães e papiloscopistas não tem nenhum tipo de reajuste salarial, enquanto delegados e peritos receberam. A gente ainda não está falando em greve", disse. "Possivelmente teremos paralisações pontuais no decorrer do mês de julho", completou. Os agentes colocaram cartazes com o fundo preto e letras amarelas pedindo a reestruturação da carreira dos escrivães, papiloscopistas e agentes e pediam, ainda, o maior combate à corrupção, em frente a sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro. A ação faz parte do calendário de mobilização nacional, definido pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

Agentes, escrivães e papiloscopistas entraram em greve em agosto do ano passado. Em setembro, policiais federais realizaram um ato nacional pedindo a reestruturação da carreira de nível superior. Em outubro, após 70 dias de greve, os policiais, mesmo sem acordo com o Ministério da Justiça, suspenderam a greve. O Ministério da Justiça ainda não se pronunciou sobre as manifestações da Polícia Federal e suas reivindicações.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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