Script = https://s1.trrsf.com/update-1764790511/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Quadrilha presa matou ciclista no Itaim, delegado na zona sul e arquiteto no Butantã, diz polícia

Operação desta quinta, 16, alcançou suspeitos de envolvimento em latrocínios de grande repercussão nos últimos meses em SP

16 out 2025 - 13h07
(atualizado às 15h01)
Compartilhar
Exibir comentários

As onze prisões realizadas pela Polícia Civil nesta quinta-feira, 16, em uma operação contra uma quadrilha de roubos de celulares, alianças e motos, alcançou suspeitos de envolvimento em latrocínios de grande repercussão nos últimos meses. Além das prisões, uma pessoa morreu e outras quatro já estavam no sistema prisional.

"Podemos associar esses criminosos à morte do doutor Belarmino, do arquiteto Jeferson, o ciclista Victor Medrado. É uma conexão de latrocínios e tentativas de latrocínios e roubos", afirmou Arthur Dian, delegado geral da Polícia de São Paulo.

Um desses crimes foi a morte do delegado Josenildo Belarmino, morto durante um assalto em janeiro na Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo. O caso gerou enorme comoção entre os moradores do bairro, que fizeram protestos contra a violência. O delegado foi morto a tiros, no meio da rua em plena luz do dia. O crime foi registrado pelas câmeras de segurança.

Outro caso emblemático que contou com suspeitos presos nesta quinta-feira foi a morte do arquiteto Jeferson Dias Aguiar, durante uma tentativa de assalto no Butantã, zona oeste de São Paulo, em abril.

O assassinato do ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, morto em 13 de fevereiro, durante um assalto em frente ao Parque do Povo, no Itaim Bibi, também é um dos crimes atribuídos ao grupo.

Embora os executores desses crimes já tenham sido presos, a polícia afirma que os suspeitos detidos na operação desta quinta-feira, chamada Conexões Ocultas, integravam o mesmo grupo criminoso.

Todos os suspeitos presos possuem ligações com uma quadrilha responsável por roubos e mortes durante os ataques até os receptadores de celulares, alianças e motocicletas, além de suspeitos de fornecer armas e placas falsas.

Uma das lideranças do esquema de receptação e fornecimento de armas é Suedna Barbosa Carneiro, a "Mainha do crime", que alugava os equipamentos para os criminosos praticarem roubos de moto e depois comprava os aparelhos roubados. Ela permanece presa.

Presa em fevereiro, Suedna já foi condenada por manter um bunker com armas para serem alugadas por criminosos. Ela também atuava como receptadora dos produtos roubados. A polícia encontrou em seu poder uma lista de preços que especificava aparelhos celulares com ou sem senha desbloqueada.

"Ela é um elo fortíssimo da cadeia criminosa. Ela era uma facilitadora. É uma corrente com vários elos", afirmou Ronaldo Sayeg, diretor do Deic.

A polícia acredita que a operação terá impacto na queda dos índices de criminalidade na região central da cidade. "Não temos bala de prata, mas são crimes que preocupam a população. Foi um golpe duro nas operações criminosas", afirmou Artur Dian, delegado-geral da Polícia.

Segundo o Deic, a operação é realizada após um ano e meio de investigações e levantamentos, com informações que surgiram a partir de prisões de envolvidos no esquema.

O investigado morto nesta quinta-feira era Guilherme Heisenberg da Silva Nogueira, conhecido como Bronx. Segundo a polícia, ele foi baleado após reagir à ordem de prisão e atirar em um policial, que não corre perigo de morrer.

Ele também integraria a quadrilha e tinha envolvimentos em outros crimes patrimoniais como roubo de moto, celular e joias.

Ao todo, participam mais 170 policiais, com o apoio do Grupo Especial de Reação (GER) e do helicóptero do Serviço Aerotático (SAT).

Estadão
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade