Polícia prende mulher suspeita de ordenar morte de vereadora em Formigueiro
Investigação aponta ligação da suspeita com facção criminosa e motivação por dívida; ela foi indiciada por homicídio qualificado
Uma mulher de 26 anos foi presa preventivamente nesta quinta-feira (10) pela Polícia Civil, em Gravataí, na Região Metropolitana, suspeita de ter ordenado a morte da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), ocorrida em junho no município de Formigueiro, região central do Rio Grande do Sul.
A parlamentar, que tinha 49 anos e atuava como técnica de enfermagem, foi encontrada morta com múltiplos golpes de faca no dia 17 de junho. Segundo as investigações, Elisane teria ligação com uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas, onde exercia função de "tesoureira". O crime estaria relacionado a uma dívida dentro desse contexto.
Além da mulher presa, um jovem de 18 anos também foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. Ele confessou o assassinato e está detido desde 20 de junho.
Na última terça-feira (8), mandados de busca e apreensão foram cumpridos em quatro cidades gaúchas: Porto Alegre, Formigueiro, Restinga Sêca e Santa Maria. A casa da suspeita, localizada em Restinga Sêca, foi um dos alvos. Após a operação, a mulher teria fugido para Gravataí, onde foi encontrada e detida em uma residência no bairro Parque dos Eucaliptos, com apoio da 2ª Delegacia de Polícia local.
O delegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz, ressaltou a importância das prisões para restaurar a sensação de segurança na região e destacou a agilidade da polícia na resolução do caso, que chocou a comunidade de Formigueiro.
A suspeita tem antecedentes criminais por ameaça, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ela foi encaminhada ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp) e permanece à disposição da Justiça. Sua identidade não foi divulgada.
Elisane Rodrigues dos Santos era a única mulher entre os nove vereadores de Formigueiro e era reconhecida por sua atuação em defesa das comunidades Quilombolas e dos direitos das mulheres, causando comoção após sua morte.