Polícia apreende mais de 17,7 mil vodkas e gin falsificados em destilaria clandestina
A Polícia Civil de São Paulo encontrou uma destilaria clandestina que atuava na falsificação de bebidas alcoólicas de marcas internacionais.
Na terça-feira, 30 de setembro, a Polícia Civil de São Paulo encontrou uma destilaria clandestina em Americana, no interior do estado, que atuava na falsificação de bebidas alcoólicas de marcas internacionais. Durante a operação, agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) apreenderam mais de 17,7 mil produtos no local. As informações são do Poder 360.
Os policiais localizaram garrafas vazias de marcas conhecidas e pertencentes a grandes grupos do setor de bebidas. A destilaria também mantinha recipientes usados para armazenamento e transporte de líquidos.
Duas pessoas foram detidas sob suspeita de envolvimento no esquema. Elas devem responder por crimes contra a saúde pública, contra as relações de consumo e contra a propriedade imaterial. De acordo com o delegado Wagner Carrasco, responsável pela investigação, o local estava sob monitoramento havia mais de um mês. Ele destacou que a fábrica clandestina tinha uma estrutura montada para abastecer não só o comércio de Americana, mas também estabelecimentos na capital paulista.
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A ação do Deic contou com apoio da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) e de uma empresa de comércio eletrônico. Segundo a investigação, parte das bebidas falsificadas era comercializada pela internet. O objetivo agora é identificar outros envolvidos no esquema e rastrear os canais de distribuição utilizados pela quadrilha.
Apesar do volume apreendido, a perícia não encontrou traços de metanol na produção. Essa substância, quando misturada a bebidas alcoólicas, pode causar graves intoxicações e até mortes. Ainda assim, a polícia reforça que o consumo de produtos falsificados coloca em risco a saúde da população.
Um dia antes, na segunda-feira, 29 de setembro, órgãos estaduais e municipais realizaram fiscalizações em bares e adegas de São Paulo. A operação reuniu a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) e a Covisa, ligada à prefeitura da capital.
As inspeções aconteceram em estabelecimentos nos bairros dos Jardins e da Mooca, regiões conhecidas pelo consumo de bebidas premium. Os locais estavam entre os suspeitos de vender produtos adulterados.
Durante a vistoria, as equipes apreenderam 117 garrafas sem rótulo e sem comprovação de procedência. O material será encaminhado ao Instituto de Criminalística da Polícia Técnico-Científica, que fará análises detalhadas para confirmar a composição e identificar possíveis adulterações.
Dois estabelecimentos receberam autuações por irregularidades sanitárias. Os responsáveis terão que prestar esclarecimentos às autoridades competentes e podem responder a processos administrativos.