MG: japoneses alertam moradores de Montes Claros para novos terremotos
De janeiro até a última segunda-feira foram registrados quase 200 tremores
Após abalos registrados no fim do ano passado, com terremotos de 3.5 e outro de 3.6 na escala Richter, além do mais forte de 4.2 em maio de 2012, japoneses visitaram a cidade de Montes Claros, no norte de Minas Gerais e alertaram os moradores para novos tremores de terra na região. Somente de janeiro até a última segunda-feira foram registrados quase 200.
Os japoneses participam do Seminário Internacional Brasil-Japão para Gestão de Risco e Desastre, organizado pelo governo estadual, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. A ideia principal é esclarecer os moradores e, principalmente, tranquilizar quando algo acontecer.
Em parceria firmada entre o governo mineiro e a Universidade de Brasília, foram instalados sismógrafos e foi identificada uma falha geológica na região. “Minas é o único Estado do Brasil que possui todos os registros de desastre. Por isso devemos buscar conhecimento para aprimorar nossas ações. Faz parte da cultura japonesa a prevenção de desastres e é isso que queremos aprender aqui”, disse o chefe do gabinete militar e coordenador estadual de Defesa Civil, Luís Carlos Dias Martins.
A professora da universidade de Nagoya, Hiroko Kondo explica que é importante passar as experiências vividas para a população. “No Japão é mais comum essas calamidades. A própria população sabe se ajudar e se proteger. Assim não precisam esperar o poder público e sabem o que fazer na hora de um terremoto. Desta forma podem até diminuir o número de vítimas”, argumentou.
Kondo enfatizou, porém, a importância de ensinar para as crianças a melhor forma de comportar. “Elas vivem no risco, até porque são crianças, e são indefesos. De forma lúdica ensinamos o que elas devem fazer em caso de acidentes”, finalizou.
A professora distribuiu ainda uma cartilha idêntica ao modelo do Japão, que é repassada de forma pedagógica às crianças japonesas. No seminário ainda foi passado formas de evacuação de prédios e a importância de construções com estrutura reforçada.
