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MG: deputados querem grade em viaduto de onde caiu manifestante

2 jul 2013 - 16h37
(atualizado às 16h52)
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<p>Metalúrgico Douglas Henrique de Oliveira, 21 anos, caiu do viaduto José Alencar, na Pampulha, e morreu, durante um protesto, no dia 26 de junho</p>
Metalúrgico Douglas Henrique de Oliveira, 21 anos, caiu do viaduto José Alencar, na Pampulha, e morreu, durante um protesto, no dia 26 de junho
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra

Deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou nesta segunda-feira o encaminhamento de um requerimento para que a prefeitura de Belo Horizonte e a Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo instalem grades no viaduto José Alencar, na Pampulha, de onde o metalúrgico Douglas Henrique de Oliveira, 21 anos, caiu e morreu, durante um protesto, no último dia 26. 

Além da medida, os parlamentares também aprovaram um pedido para que a Polícia Civil e o Ministério Público investiguem e prendam as pessoas que praticaram atos de vandalismo durante a manifestação do último dia 26. 

Segundo o superintendente-geral de Investigação da Polícia Civil, Jeferson Botelho Pereira, 141 pessoas foram conduzidas à delegacia nos dias 17, 22 e 26 de junho, datas dos jogos da Copa das Confederações no Mineirão em que houveram manifestações no entorno do estádio.

Dos detidos, 45 foram presos em flagrante. A juíza da Vara da Infância e Juventude de Belo Horizonte, Valéria Rodrigues, informou ainda que ao menos cinco adolescentes foram apreendidos. 

Para o defensor público dos Direitos Humanos, Lucas de Simões, os excessos cometidos por manifestantes e também pela polícia precisam ser apurados. Ele citou a possível participação de um grupo organizado, intitulado Black Block, como responsável por atos de vandalismo.

O deputado Rogério Correia (PT) pediu também que seja apurada a presença de bandidos infiltrados, pessoas pagas para promover quebradeiras e até mesmo dos chamados P2, policiais secretos da Polícia Militar.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Fonte: Terra
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