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Manifestantes fazem rapel em viaduto durante protesto em Belo Horizonte

22 jun 2013 - 15h06
(atualizado às 15h35)
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<p>Manifestantes praticam rapel durante protesto em Belo Horizonte neste sábado</p>
Manifestantes praticam rapel durante protesto em Belo Horizonte neste sábado
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra

Neste sábado, dia do jogo entre Japão e México pela Copa das Confederações, milhares de pessoas saíram em passeata em Belo Horizonte (MG) em direção ao Estádio do Mineirão, onde ocorre a partida. O ato teve direito até a rapel. Na pauta da manifestação não faltam reivindicações. Munidos de cartazes, há aqueles que protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37 - que tira o poder de investigação do Ministério Público-, outros reclamam de Renan Calheiros na presidência do Senado, enquanto que alguns criticam a tarifa do transporte público na capital mineira. 

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

O grupo se reuniu ainda pela manhã, por volta das 10h, na praça Sete, no centro de Belo Horizonte. No início da tarde, seguiram rumo ao estádio, em um trajeto de cerca de 10 quilômetros, até a avenida Abraão Kaharan, limite estabelecido pela Fifa no entorno do Mineirão. Durante o percurso, manifestantes praticaram rapel no viaduto República do Congo, na avenida Antonio Carlos, em frente ao Aglomerado Pedreira Prado Lopes, na capital.

Entre os participantes da passeata está o funcionário público Valter Reis, que carrega uma caixa de som de sete quilos com a música Para não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré. O ato é pacífico e a expectativa é que 50 mil pessoas participem do protesto. A intenção dos manifestantes era chegar até o estádio, mas a Polícia Militar (PM), anunciou um reforço no efetivo de cerca de 3 mil policiais que estarão de prontidão nos batalhões, caso houver necessidade, além das tropas normais. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

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A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

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A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Especial para Terra
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