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Cidades

Manifestantes acampam há 8 dias em frente à sede do governo de SP

24 jun 2013 - 14h23
(atualizado às 14h30)
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Manifestantes acampam há uma semana diante do Palácio dos Bandeirantes em São Paulo
Manifestantes acampam há uma semana diante do Palácio dos Bandeirantes em São Paulo
Foto: Fernando Borges / Terra

Há mais de uma semana, manifestantes estão acampados pacificamente em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual de São Paulo, no Morumbi. Instalados sob uma barraca construída com lona preta, o grupo mantém cartazes pedindo paz e reforma e outro com uma contagem regressiva que mostra há quanto tempo estão no local.

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O acampamento improvisado não tem interferido na segurança ou no acesso ao Palácio, já que fica do outro lado da rua. Na última segunda-feira, a sede do governo foi alvo de vandalismo durante um protesto. Parte dos manifestantes tentou arrombar um dos portões e foi reprimida pela Polícia Militar, que se utilizou de bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para afastar o grupo.

Foi o primeiro ato popular no local desde 1987, quando passou a vigorar uma proibição de manifestações na área. Na ocasião, uma resolução da secretaria de Segurança Pública transformou as vias do entorno do palácio em Área de Segurança. Quatro anos antes, uma marcha de desempregados chegou a derrubar as grades palácio, no governo de  Franco Montoro (PMDB), que havia sido eleito governador do Estado um ano antes.

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Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

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Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

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As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. No dia 19 de junho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciaram a redução dos preços das passagens de ônibus, metrô e trens metropolitanos para R$ 3. O preço da integração também retornou para o valor de R$ 4,65 depois de ter sido reajustado para R$ 5.

Fonte: Terra
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