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SP: manifestantes amanhecem em frente ao Palácio dos Bandeirantes

18 jun 2013 - 08h57
(atualizado às 09h59)
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Os policiais que permaneceram dentro do palácio foram hostilizados por um grupo, que por volta da 1h30 da manhã reunia cerca de 200 pessoas
Os policiais que permaneceram dentro do palácio foram hostilizados por um grupo, que por volta da 1h30 da manhã reunia cerca de 200 pessoas
Foto: Fernando Borges / Terra

Um grupo de participantes dos protestos de segunda-feira contra o aumento da tarifa de transporte público permanece acampado em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, bairro do Morumbi, na capital. No início da manhã desta terça-feira, os manifestantes bloquearam uma das faixas da avenida Morumbi.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o bloqueio ocorre no sentido ponte Morumbi, que passa sobre a marginal Pinheiros, entre a avenidas Giovani Gronchi e Padre Lebret. Agentes da CET e os próprios manifestantes ajudam a orientar o trânsito.

O quinto de dia de protestos ontem em São Paulo reuniu cerca de 65 mil pessoas, segundo contagem do Instituto Datafolha. A Polícia Militar (PM) informou, por volta das 19h, que 30 mil participavam dos protestos.

O grupo, que se concentrou no Largo da Batata, dividiu-se em pelo menos três frentes, que se concentraram na avenida Luís Carlos Berrini, na avenida Paulista e na marginal Pinheiros. Por volta das 22h, parte dos manifestantes seguiu para o Palácio dos Bandeirantes, onde reside o governador Geraldo Alckmin.

Alguns manifestantes tentaram derrubar os portões de entrada de número 2, que dá acesso ao estacionamento. A Tropa de Choque, que guardava a sede do governo, revidou com bombas de gás.

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-metro-onibus-sp/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-metro-onibus-sp/iframe.htm">veja o infográfico</a>

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

No dia seguinte ao protesto marcado pela violência, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que via "ações coordenadas" oportunistas no movimento, reiterou "a defesa do direito de ir e vir" da população, mas garantiu que não permitirá que os manifestantes prejudiquem a circulação de veículos e pessoas. No mesmo dia, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a polícia deve ser investigada por abusos cometidos, mas não deixou de criticar a ação dos ativistas.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

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As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota.

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

Agência Brasil Agência Brasil
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