Facção operava esquema de tráfico e lavagem de dinheiro de dentro de presídio no RS
três condenados e R$ 32 milhões expostos na Operação Caixa-Forte II.
A Operação Caixa-Forte II resultou nas primeiras condenações de membros de uma facção que operava a partir do Presídio Regional de Pelotas (PRP). Três investigados receberam sentenças de até 13 anos e quatro meses de prisão, além de multa por envolvimento com tráfico de drogas e associação criminosa, conforme decisão da 2ª Vara de Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro do Estado.
A ofensiva, liderada pelo GAECO/MPRS, revelou um sistema complexo que incluía a entrada de celulares, empréstimos ilegais e movimentações financeiras fraudulentas. O promotor Rogério Meirelles Caldas, responsável pelo caso, revelou que a facção movimentou cerca de R$ 2,6 milhões em apenas 10 meses de 2023. Um policial penal foi preso por envolvimento direto com o grupo.
A operação foi precedida pela Caixa-Forte I, quando provas como documentos e aparelhos eletrônicos foram apreendidos. A análise desse material possibilitou o avanço das investigações e desencadeou a segunda fase da operação, no final de novembro de 2024. As investigações também atingiram outras penitenciárias como a de Charqueadas e a de Bagé, onde líderes do grupo atuavam.
Com abrangência em 13 cidades do Sul do Brasil, a Caixa-Forte II contou com a participação de 850 agentes e o cumprimento de 170 ordens judiciais, incluindo 19 prisões e remoções de apenados. A operação revelou um esquema de lavagem de dinheiro e tráfico que movimentou mais de R$ 32 milhões, consolidando um importante passo no combate ao crime organizado na região.
Com a informação MPRS.