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Comerciante usa trator para resgate e tem 'dia de Zeca Pagodinho' no RJ

Derly Luís da Fonseca usou seu trator para salvar vítimas da enchente em Duque de Caxias, a exemplo do que foi feito pelo músico em janeiro

19 mar 2013 - 13h48
(atualizado às 15h41)
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Com seu trator, Derly Luís da Fonseca ajudou a salvar vítimas da chuva em Duque de Caxias
Com seu trator, Derly Luís da Fonseca ajudou a salvar vítimas da chuva em Duque de Caxias
Foto: André Naddeo / Terra

Na madrugada da última segunda-feira, Derly Luís da Fonseca, 37 anos, há três décadas morador do bairro de Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias (RJ), acordou assustado com o temporal que deixou quase 200 pessoas desabrigadas no município da Baixada Fluminense. Ao escutar os relatos dos vizinhos de que muita gente estava ilhada, principalmente em condomínios de baixa renda da região, já que o nível do rio Saracuruna subiu bastante e inundou ruas e casas, ele não teve dúvida. "Peguei o meu trator e saí pelas ruas", conta o comerciante de material de construção. "Coloca aí que eu tive meu dia de Zeca Pagodinho", brincou.

Na última enchente de janeiro, em Xerém, o cantor e compositor, morador antigo do distrito de Duque de Caxias, saiu com seu quadriciclo pelas ruas enlameadas e ganhou ainda mais notoriedade nacional por sua ação voluntária. "Como o carro dos Bombeiros não podia passar porque a água ia entrar no escapamento, usei o meu trator, que tem o cano mais alto, e dá para passar", explicou Fonseca, que usou ainda uma caçamba auxiliar para colocar assentar os moradores e retirá-los das regiões alagadas.

"Se eu fosse depender do bombeiro eu estava danada", relembra Dona Irene da Conceição, de 75 anos, moradora do condomínio Santa Helena, no bairro de Santa Cruz da Serra. "Ainda bem que apareceu esse rapaz aí com o trator e me tirou. Ele merece muito, não cobrou um centavo", agradeceu a senhora, que sofre com dores nas pernas que a impossibilitam de andar normalmente.

"Socorri um outro senhor passando mal, e uma mulher com um bebê recém-nascido, foram os que mais me chamaram a atenção", relembra o comerciante, que estima ainda que "devo ter ficado umas 10 horas direto nisso, comecei na madrugada e fui até de tarde". Fonseca contabiliza mais de 100 pessoas retiradas das casas e, entre os vários tapas nas costas que recebe desde então, se diz emocionado. "Não tenho palavras, é muito gostoso esse reconhecimento. Fico feliz de ter ajudado", explicou.

Fonte: Terra
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