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Aquecer moradores de rua é o objetivo do Clube do Cachecol

18 jul 2014 - 08h00
(atualizado às 10h08)
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Entre as peças recebidas, estão também novelos de lã, que podem ser usados para fazer cachecóis. Foi a forma encontrada por algumas idosas para contribuir com o projeto
Entre as peças recebidas, estão também novelos de lã, que podem ser usados para fazer cachecóis. Foi a forma encontrada por algumas idosas para contribuir com o projeto
Foto: Clube do Cachecol / Divulgação

Muitas pessoas querem ajudar o próximo, mas precisam de um estímulo para isso, já que às vezes mal sabem por onde começar. Pensando nisso, a administradora de empresas Fernanda Gialluisi, 33 anos, e a empresária Maira Seragini, 34 anos, criaram, em abril deste ano, o Clube do Cachecol, que arrecada dinheiro e doações de roupas para moradores de rua de São Paulo, antes da chegada do inverno.

De acordo com Fernanda, o objetivo do Clube é despertar nas pessoas o sentimento de solidariedade. “Não queremos fazer apenas ações assistencialistas, temos outras ideias bacanas para colocar em prática”, conta. A iniciativa conseguiu arrecadar R$ 1.200, usados para comprar 220 cobertores, e cerca de 1.000 peças de roupa, destinadas a 500 pessoas. A entrega foi feita no dia 8 de junho para moradores do centro de São Paulo, uma instituição em Interlagos e para pessoas beneficiadas pelo projeto Time do Bem para Quem Não Tem, que entrega um sopão à população carente.

“Como queríamos entregar as roupas e cobertores antes do inverno começar, em abril, começamos a postar conteúdos no Facebook para chamar a atenção das pessoas, tentando sensibilizá-las para a causa”, relata a administradora. Paralelamente ao trabalho nas redes sociais, as organizadoras enviaram um e-mail para um veículo de comunicação, sugerindo a pauta e pedindo apoio. “Para nossa surpresa, eles toparam apoiar! Com a enorme visibilidade, surgiram muitas pessoas interessadas em ajudar.”

E a ajuda veio de diversas formas – peças de roupa, gorros, luvas, cachecóis, cobertores, dinheiro e até novelos de lã. “Nós não estávamos preparadas para a quantidade de coisas que recebemos. Tivemos de criar alguns pontos de coleta em cima da hora e ficamos um pouco perdidas, mas foi muito bacana. A resposta das pessoas ao projeto foi muito positiva”, conta Fernanda. A dupla usou o espaço comercial de amigos em diferentes pontos da cidade para instalar caixas de arrecadação. Os interessados podiam entregar o que não usavam mais nos bairros do Morumbi, Perdizes, Vila Leopoldina, Moema e Itaim. “Só faltaram pontos na zona norte e leste.”

De ideia despretensiosa a ação estruturada

A ideia inicial nasceu em 2013, quando Fernanda saiu do trabalho em um fim de tarde de inverno e viu diversos moradores de rua passando frio nas praças do centro da cidade. Cansada de “não fazer nada para mudar a situação”, ela anunciou no dia seguinte no Facebook que estava arrecadando dinheiro para comprar cobertores. Amigos e conhecidos doaram dinheiro e ela conseguiu ajudar algumas poucas pessoas. Neste ano, Maira a chamou para montar uma ação mais estruturada e, juntas, criaram o Clube do Cachecol.

Para o futuro, elas têm planos, contudo, o principal é conseguir parcerias para o projeto, além de promover uma ação mais organizada em 2015, expandindo a coleta para outros bairros, e tentando alcançar ainda mais gente. “O melhor de toda essa empreitada é a sensação que fica com o resultado final”, dizem.

“É maravilhoso. Não tem como explicar a sensação. É uma coisa tão simples, é o fazer, mesmo. Porque todo mundo quer ajudar, só que falta quem faça realmente, disponibilize seu tempo para criar alguma coisa. É extremamente gratificante e, ao mesmo tempo, pequeno. Precisamos fazer muito mais. Muitas vezes as pessoas nem precisam tanto de um cobertor, mas de alguém que lhes estenda a mão.”

Fonte: Dialoog Comunicação
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