AGU pede que Meta remova conteúdos de venda de materiais para produção ilegal de bebidas
Perfis comercializam lacres, tampas, rótulos e garrafas
AGU solicitou à Meta a remoção de conteúdos no Instagram que promovem a venda de materiais para falsificação de bebidas alcoólicas ilegais, estabelecendo prazo de 48 horas para ações e preservação de provas.
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou neste domingo, 5, que pediu, por meio da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), para que a Meta, empresa responsável pelo Instagram e Facebook, realize o bloqueio e remoção de conteúdos e grupos que vendem produtos para a produção ilegal de bebidas alcoólicas, como lacres, tampas, rótulos e garrafas.
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O órgão deu 48 horas para que a empresa informe quais medidas foram adotadas para identificar e moderar os conteúdos ilegais. Também foi pedido para que provas, como registro de publicações, autores e mensagens, sejam preservadas.
De acordo com o comunicado, a medida foi tomada após uma reportagem da BBC News Brasil mostrar a existência de uma rede clandestina de venda de materiais utilizados na falsificação de bebidas com substâncias tóxicas, como o caso do metanol.
“Os anúncios oferecem produtos de marcas conhecidas e até falsos ‘selos da Receita Federal’, com entrega em todo o País e venda em larga escala para grupos e comunidades com milhares de participantes”, escreveu a AGU.
Em boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na tarde de sábado, 4, o Brasil já registrou 14 casos de intoxicação por metanol, com duas mortes. Ainda há outros 181 casos em investigação.
