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Advogado do mensalão antes de ser encontrado morto: "Desculpe os erros, tomei metanol"

O advogado Luiz Fernando Pacheco foi um dos nomes de destaque durante o escândalo do mensalão, quando atuou na defesa do ex-deputado federal José Genoino (PT).

3 out 2025 - 10h35
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Antes de morrer na madrugada da quarta-feira, 1º de outubro, o advogado criminalista de 51 anos, Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco, chegou a brincar em um grupo de mensagens entre amigos. "Desculpe os erros, tomei metanol", escreveu ele.

Advogado Luiz Fernando.
Advogado Luiz Fernando.
Foto: Divulgação. Arte: Portal de Prefeitura / Portal de Prefeitura

De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), ele passou mal em uma rua de Higienópolis, no estado de São Paulo e apresentou dificuldades para respirar. O Samu realizou o socorro e o levou ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas o advogado não resistiu.

O caso foi registrado como morte súbita pelo 78º Distrito Policial. A Polícia Civil informou que Pacheco estava sem documentos no momento em que foi encontrado. Um boletim de ocorrência de desaparecimento já havia sido registrado no dia 30 de setembro.

A corporação investiga se o óbito teria sido causado pelo metanol.

Com mais de três décadas de carreira, Pacheco construiu uma trajetória marcada por sua defesa nos tribunais e pelo engajamento nas causas ligadas às prerrogativas da advocacia. Ele iniciou sua atuação profissional em 1994 no escritório do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, onde se tornou sócio em 2000.

Em 2013, fundou o escritório Luiz Fernando Pacheco Advogados, especializado em direito penal. Ao longo da carreira, tornou-se uma referência na área, com destaque em casos de grande repercussão nacional.

Pacheco foi um dos nomes de destaque durante o escândalo do mensalão, quando atuou na defesa do ex-deputado federal José Genoino (PT). Sua atuação reforçou seu papel de defensor intransigente do direito de defesa e das garantias constitucionais.

Além da carreira individual, Pacheco foi sócio-fundador do Grupo Prerrogativas, coletivo de advogados progressistas que surgiu em 2014 e ganhou notoriedade por se posicionar em debates jurídicos e políticos relevantes em São Paulo e outras capitais.

Intoxicação por metanol

A intoxicação por metanol é uma condição médica extremamente grave e que tem ganhado atenção no Brasil devido ao aumento de casos relacionados a bebidas alcoólicas adulteradas. O metanol é um tipo de álcool industrial que não deve ser consumido por humanos. Quando ingerido, mesmo em pequenas quantidades, pode causar cegueira irreversível e até levar à morte.

O metanol é amplamente utilizado como solvente, combustível e matéria-prima em processos industriais. Seu uso, porém, é restrito a fins não alimentares. O problema surge quando o metanol é adicionado de forma ilegal a bebidas alcoólicas falsificadas para aumentar o volume do produto.

Ao ser ingerido, o metanol é metabolizado pelo fígado e transformado em formaldeído e, posteriormente, em ácido fórmico compostos altamente tóxicos para o corpo humano. Esses metabólitos afetam especialmente o sistema nervoso central e o nervo óptico, podendo causar danos irreversíveis à visão.

Portal de Prefeitura
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