"Cabo Bruno" é morto em São Paulo
O ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como "Cabo Bruno", de 53 anos, e que foi condenado por ter sido chefe de um esquadrão da morte, no qual foi-lhe atribuído pelo menos 50 assassinatos, foi executado na noite desta quarta-feira em Pindamonhangaba, interior de São Paulo.
O ex-policial foi baleado por desconhecidos pouco antes da meia-noite quando estava em frente de sua casa, e 35 dias após ter saído da prisão, onde cumpria pena, beneficiado com um indulto por bom comportamento.
"Cabo Bruno" cumpriu 27 dos 120 anos de prisão aos quais foi condenado por ter sido integrante e líder de um esquadrão da morte que operou nos anos 80 em São Paulo, e que, financiado por comerciantes, se dedicava a assassinar pequenos delinquentes.
O chefe do grupo paramilitar foi detido pela primeira vez em 1983, mas fugiu três vezes da prisão até 1990, quando foi posto em um presídio de segurança máxima.
O expolicila, que na prisão se tornou pastor de uma igreja evangélica, foi morto quando chegava em casa após ter participado de um culto na cidade vizinha de Aparecida do Norte.
"Cabo Bruno" foi atacado por dois homens que se aproximaram de seu veículo e que, sem dizer nada, realizaram pelo menos 20 disparos com pistolas antes de fugir e sem roubar nem o automóvel nem os objetos pessoais da vítima.
Pelas características do crime e como a maioria dos tiros foi feita contra a cabeça e o abdômen da vítima, a Polícia trabalha com a hipótese de que tenha sido um homicídio encomendado.
"Foram vários tiros apenas contra o motorista do veículo, que estava acompanhado, por isso que tudo indica que tenha sido uma execução", afirmou o tenente Mario Tonini, oficial da Polícia Militar em Pinhamonhangaba. EFE
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