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Brasil não devolverá senador Molina à Bolívia, diz Marco Aurélio Garcia

19 out 2013 - 11h10
(atualizado às 11h12)
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<p>Senador boliviano depôs a favor do ex-encarregado de negócios da delegação brasileira, Eduardo Sabóia, que o trouxe ao Brasil</p>
Senador boliviano depôs a favor do ex-encarregado de negócios da delegação brasileira, Eduardo Sabóia, que o trouxe ao Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O Brasil descartar devolver o senador boliviano Roger Pinto Molina ao seu país, afirmou o assessor do Planalto, Marco Aurélio Garcia, à Folha de S. Paulo. O ministro, um dos mais próximos ministros de Dilma Rousseff e que ocupa o cargo desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que, na prática, as únicas opções possíveis são a concessão de asilo ao dissidente político de La Paz ou seu envio a outro país para que lá seja propriamente asilado.

"O Brasil tinha concedido asilo. Ele saiu do asilo quando saiu da embaixada de forma irregular. Está aqui com asilo provisório. Isso vai ser decidido pelo Conare (Conselho Nacional para os Refugiados)", disse o ministro em referência ao episódio da fuga de Molina ao Brasil sob a tutela ilegal do diplomata brasileiro Eduardo Sabóia. O caso culiminou na saída de Antonio Patriota do comando do Itamaraty.

"Eu me sinto, às vezes, um pouco culpado de não ter podido participar mais. Eu estava disposto a ir à Bolívia para tentar somar aos esforços que o Itamaraty estava fazendo, mas tive problemas graves de saúde, problemas cardíacos graves. Fiquei interditado de subir os 4.200 metros do aeroporto de La Paz. E a coisa terminou desse jeito. Acho que houve, sem sombra de dúvidas, um problema de comando", lamentou.

Marco Aurélio também comentou o caso da espionagem dos Estados Unidos e sua extensão ao Brasil, conforme reportagens baseadas em documentos do ex-contratado da Agência Nacional de Segurança americana, Edward Snowden. O ministro afirmou que houve desgaste entre Brasília e Washington, mas afirmou que as relações bilaterais serão mantidas. "Nós vamos continuar com nossas relações amplas; porém, evidentemente, esse episódio nos faz pensar", resumiu.

Fonte: Terra
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