Avião da Latam colide com pássaro no Galeão e sofre dano no bico
No Brasil acontece uma colisão entre aeronaves e aves a cada quatro horas; CENIPA investiga caso
Nesta quarta-feira (20), um avião da Latam que decolava do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) às 10h35, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, colidiu com um pássaro durante a decolagem. Devido ao impacto, a aeronave sofreu danos no bico e precisou retornar ao Galeão, pousando em segurança às 11h04. O voo foi cancelado, e os passageiros foram reacomodados em outros voos.
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Jerome Cadier, CEO da Latam, manifestou-se sobre o incidente ao portal O Globo:
"Posso apostar que a primeira ação na Justiça contra a companhia aérea, pedindo indenização por dano moral pelo cancelamento deste voo, vai chegar amanhã mesmo. E assim segue a aviação brasileira. A pergunta é: quem paga a conta?"
Em comunicado ao portal Terra o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) confirmou o acidente e informou que está em andamento “a investigação da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PS-GPP, registrada no dia 12 de fevereiro de 2025, no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim - Galeão, no Rio de Janeiro (RJ)”
Incidentes de colisão com aves no Brasil
De acordo com o Anuário de Risco de Fauna do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), o Brasil registra, em média, uma colisão entre aeronaves e aves a cada quatro horas. Embora a maioria desses incidentes não resulte em acidentes graves, eles representam uma preocupação para a segurança da aviação. O aumento da população de aves em áreas urbanas e a expansão da malha aérea contribuem para a frequência desses eventos.
Mesmo aves de pequeno porte podem causar danos consideráveis às aeronaves. Durante a decolagem e a aterrissagem, quando a velocidade é elevada e a altitude é baixa, a colisão com uma ave pode gerar impactos significativos. A estrutura do bico do avião, projetada para ser aerodinâmica, pode ser danificada devido à força do impacto, resultando em amassamentos ou até perfurações. Além disso, a ingestão de aves pelos motores pode levar à perda de potência ou falhas, comprometendo a segurança do voo.