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Assembleia Geral da ONU condena Rússia por invasão da Ucrânia em votação histórica

2 mar 2022 - 14h13
(atualizado às 15h16)
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A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta quarta-feira, por maioria expressiva, uma resolução repreendendo a invasão russa da Ucrânia e cobrando que Moscou retire imediatamente todas as suas forças da Ucrânia, em um movimento que visa isolar diplomaticamente a Rússia na entidade.

A resolução, que obteve o apoio de 141 dos 193 membros do organismo global, foi aprovada ao final de uma rara sessão de emergência da Assembleia Geral convocada pelo Conselho de Segurança da ONU, no momento em que forças russas bombardeiam cidades da Ucrânia, forçando centenas de milhares de pessoas a fugir.

O texto da resolução "deplora" a "agressão" da Rússia contra a Ucrânia. A última vez que o Conselho de Segurança havia se reunido em uma sessão de emergência da Assembleia Geral foi em 1982, segundo o site da ONU.

Trinta e cinco membros, incluindo a China, se abstiveram, e cinco países, incluindo Rússia, Síria e Belarus, votaram contra a resolução. Embora as resoluções da Assembleia Geral não sejam vinculantes, elas têm peso político.

A Rússia destruiu infraestruturas críticas, incluindo de água potável e gás, para milhões de pessoas e parece estar se preparando para intensificar a brutalidade da sua campanha contra a Ucrânia, disse a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, em discurso à Assembleia Geral.

"Este é um momento extraordinário", disse Thomas-Greenfield. "Agora, mais do que em qualquer outro momento da história recente, a Organização das Nações Unidas está sendo desafiada", disse, fazendo um apelo: "Vote sim se você acredita que os Estados-membros da ONU -incluindo o seu próprio- têm direito à soberania e à integridade territorial. Vote sim se você acredita que a Rússia deveria ser responsabilizada por suas ações".

Após quase uma semana, a Rússia ainda não atingiu o seu objetivo de depor o governo da Ucrânia, mas está enfrentando uma reação sem precedentes do Ocidente, cujas sanções derrubaram o sistema financeiro russo, e multinacionais gigantes tiraram investimentos do país.

Washington impôs várias rodadas de sanções, incluindo contra o presidente russo Vladimir Putin e ao banco central, desde que as forças da Rússia invadiram a Ucrânia no maior ataque contra um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial. Moscou classifica o ataque como uma "operação especial".

O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, negou que Moscou esteja mirando civis e alertou que a adoção da resolução pode levar a uma escalada ainda maior.

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