Alckmin conta no 'Mais Você' os efeitos da tarifaço dos EUA e plano do governo atual
Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento promete plano emergencial para proteger empregos e setores exportadores dos efeitos da sobretaxa de 50%
1 ago
2025
- 17h56
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Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, da Indústria, Comércio e Serviços, participou do programa Mais Você nesta quinta-feira (31 de julho de 2025), para explicar os impactos da decisão norte-americana de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e as estratégias do governo para conter os danos.
O que muda nas exportações brasileiras para os EUA
- A tarifa prevista passa a vigorar em 6 de agosto de 2025 , infectando aproximadamente 35,9% da pauta exportadora brasileira para os EUA com sobretaxas de 50%.
- Por outro lado, cerca de 45% das exportações foram restauradas da medida , incluindo suco de laranja, combustível, celulose, fertilizantes e alguns minerais; 20% já estavam sujeitos à tributação setorial habitual.
A estratégia do governo para minimizar impactos
- Negociação direta com os EUA Alckmin descreveu uma conversa "frutífera" com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, reforçando disposição brasileira para diálogo e resolução do impasse.
- Plano emergencial com foco setorial O governo articulado um comitê interministerial envolvido Desenvolvimento, Fazenda, Itamaraty e outros, com o objetivo de apresentar medidas como crédito, apoio tributário e incentivo financeiro aos setores mais atingidos — como frutas, café, carne e pescado.
- Abertura de novos mercados A estratégia também inclui diversificação e busca por novos mercados, em especial por meio de acordos comerciais com União Europeia, Mercosul, Singapura e demais países que vêm sendo negociados recentemente.
Perspectiva de soberania e posicionamento político
- Alckmin destacou que o governo não pediu formalmente redução da tarifa nem prorrogação de prazo — o que diverge de relatos de setores desenvolvidos à prorrogação da vigência.
- Ele reiterou que o Brasil mantém postura de defesa da soberania nacional e independência entre os poderes , criticando tentativas de políticas justificativas para medidas econômicas dos EUA.
Impactos esperados e efeitos para o consumidor
- Setores que exportam grande parte de sua produção para os EUA, como agronegócio e alimentos, estão no radar de risco — cabendo intervenção do governo para preservação de recursos e fluxo produtivo.
Por outro lado, algumas projeções sugerem que a redução das exportações poderia baixar os preços de itens como café, carnes e frutas no mercado interno, beneficiando o consumidor nessa fase inicial.
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