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A aposta do vinho com baixa caloria

Na tendência de cuidado com a saúde, a Casillero del Diablo lança a linha Belight, com vinhos com cerca de 50 calorias por taça

25 mar 2023 - 05h10
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A Casillero del Diablo acaba de lançar no mercado brasileiro o Belight, um vinho chileno com menor teor alcoólico e, em consequência, com menos caloria. São dois vinhos, um branco, elaborado com a sauvignon blanc e com 52 calorias por taça, e um rosé, feito com a cinsault e com 58 calorias por taça. Os dois foram desenvolvidos pela Concha y Toro, vinícola chilena que tem a linha Casillero del Diablo como seu carro chefe, dentro da tendência de oferecer aos consumidores bebidas mais saudáveis, com menos calóricas e baixo teor alcoólico - são 8,5% de álcool quando os sauvignon blanc chileno têm ao redor de 13%.

Para comparar, uma taça do sauvignon blanc "tradicional" da CYT tem ao redor de 89 calorias, enquanto a do rosé fica com 91 calorias. "Percebemos a demanda dos consumidores preocupados mais com a qualidade de vida e desenvolvemos dois vinhos com esta característica", explica Pietro Capuzzi, diretor de marketing da VCT, o braço da CYT no Brasil. Os vinhos nascem de uvas colhidas entre duas e três semanas antes de seu completo amadurecimento, cultivadas no vale de Maule, numa zona de clima mais frio. Regiões frias tendem a ter uvas não tão maduras e, portanto, com menor teor de açúcar para ser transformado em álcool durante a fermentação.

Aposta na fermentação tradicional

A diferença em relação aos demais vinhos com menor teor alcoólico é que aqui não há um processo de retirada do álcool da bebida, o que, em geral, altera o seu sabor final. "A vantagem de fazer a fermentação natural e não desalcoolizar é que o vinho fica muito mais natural, mais fresco e mais agradável ao paladar", explica Capuzzi. Como comparação, vale lembrar a saga da cerveja em busca de uma versão sem álcool. Demorou até que a indústria desenvolvesse um produto que tivesse aceitação junto ao consumidor.

Para divulgar a nova linha, um lançamento mundial que começou pelo Brasil, a VCT aposta em campanhas junto à nutricionistas. É um bom caminho quando se analisa esta tendência do consumidor em busca de vinhos mais saudáveis. Estudo da consultoria inglesa IWSR mostra que de 2018 a 2022, o consumo de bebidas sem álcool cresceu 37%. O instituto inglês estima que o crescimento do vinho sem álcool deve ser de 9% ao ano até 2026. "A escolha por uma vida mais saudável é a segunda razão que leva os brasileiros a procurarem vinhos com pouco álcool e baixa caloria", afirma Rodrigo Lanari, que representa a IWSR no Brasil. Em primeiro lugar está a ideia de evitar o consumo de álcool em geral.

A prova dos vinhos

O Paladar provou os dois novos vinhos, por enquanto comercializados em parceria com o Carrefour e preço de R$ 64,90. São muito frescos, com a acidez como destaque. O sauvignon segue na linha cítrica, com aromas que lembram maçã verde. O rosé traz notas de frutas vermelhas (framboesas) e perde equilíbrio no paladar. Não são vinhos complexos e são mais voltados ao consumo despretensioso. Devem competir com os vinhos de baixa graduação alcoólica, em geral elaborados com o processo de retirada do álcool, como os espumantes e vinhos da linha Freixenet.

A julgar pela aceitação inicial dos dois vinhos, pode-se pensar que novas vinícolas irão partir para desenvolverem produtos nesta linha. É só uma questão de tempo. A conferir.

Estadão
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