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Maria da Penha receberá proteção após ser ameaçada pela extrema-direita nas redes sociais

Além disso, a casa da ativista será transformada em um memorial como referência no combate à violência contra a mulher

7 jun 2024 - 16h53
(atualizado às 17h26)
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Resumo
Maria da Penha foi incluída no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), devido à série de ameaças de internautas de extrema-direita que questionam, com base em fake news, as duas tentativas de feminicídio que sofreu.
Maria da Penha receberá proteção após receber ameaças nas redes sociais
Maria da Penha receberá proteção após receber ameaças nas redes sociais
Foto: Reprodução/Facebook

Maria da Penha Maia Fernandes será incluída no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), após receber uma série de ameaças de internautas de extrema-direita nas redes sociais. O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), afirmou que a casa onde aconteceu o crime dela será transformada em um memorial de combate à violência contra a mulher. 

Os ataques em questão questionam, com base em fake news, as duas tentativas de feminicídio sofridas por Maria, e disseminam discursos de ódio contra as mulheres. Em visita ao Ceará, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, discutiu com Maria da Penha o que poderia fazer para protegê-la diante das ameaças, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira, 7, pelo jornalista Jamil Chade do Uol

"A sociedade machista e misógina delega às mulheres a tarefa de seguir comprovando, de inúmeras maneiras, as violências que sofreram nas mãos de seus atuais ou ex-companheiros, mesmo após eles terem sido julgados e condenados. Da mesma forma, insiste na falácia de 'ouvir o outro lado', ou seja, os agressores condenados, criando uma onda de ódio e fake news sobre elas e contra elas", disse a ministra ao portal. 

Ainda segundo ela, Maria da Penha é um "símbolo de resistência e avanço na luta pelos direitos das mulheres". "Tenho insistido que é fundamental que todos, sociedade e Estado, reafirmem o compromisso de não revitimizar mulheres vítimas de violência. E isso inclui preservar sua história e memória. Esta semana demos um passo fundamental nessa direção". 

"Manifesto todo o meu apoio a essa grande mulher, que transformou a dor de ter sido vítima em força para lutar contra a violência motivada pelo machismo", disse o governador em seu perfil no Instagram. 

O Terra tentou contato com a assessoria de Maria da Penha para que possa falar sobre o assunto, mas não obteve sucesso. Ao Uol, ela lamentou ter que lidar com os ataques e apontou que o ódio contra ela e a lei não prejudicam somente a ela, mas a todas as mulheres brasileiras. 

"A lei é considerada pela ONU como uma das três leis mais avançadas do mundo no enfrentamento à violência doméstica. [...] O que me fortalece é saber que não estou sozinha na defesa da lei Maria da Penha. Temos muitas pessoas comprometidas verdadeiramente com esta causa e isso nos fortalece a cada dia", disse. 

Fonte: Redação Terra
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