Script = https://s1.trrsf.com/update-1727287672/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Manto Assojaba Tupinambá é destaque em exposição com 12 artistas indígenas em Salvador

Exposição Nhe´ ẽ Se reúne obras de artistas indígenas de diferentes regiões do Brasil e acontecerá de 28 de maio a 04 de agosto

16 mai 2024 - 16h50
(atualizado às 16h54)
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
A exposição indígena 'Nhe' ẽ Se' reunirá obras de 12 artistas indígenas de diferentes regiões do Brasil na Caixa Cultural Salvador, em Salvador/BA, de 28 de maio a 04 de agosto de 2024.
Manto Assojaba Tupinambá, da artista Glicéria Tupinambá, foi destaque na abertura do pavilhão brasileiro da Bienal de Veneza deste ano
Manto Assojaba Tupinambá, da artista Glicéria Tupinambá, foi destaque na abertura do pavilhão brasileiro da Bienal de Veneza deste ano
Foto: Divulgação

A exposição indígena Nhe´ ẽ Se, que acontecerá de 28 de maio a 04 de agosto na Caixa Cultural Salvador, irá reunir obras de 12 artistas indígenas de diferentes regiões do Brasil. Uma das obras é o Manto Assojaba Tupinambá, da artista Glicéria Tupinambá.

Conhecida por resgatar as técnicas ancestrais de confecção dos mantos de seu povo, Glicéria é a única artista que domina o método de realização dos mantos, que exigem de 3.500 a 5.000 penas de guará e de araras coloridas para a criação da peça. 

As penas são costuradas em malha de pesca com cordão encerado, simbolizando a conexão entre passado e presente. O manto foi destaque na abertura do pavilhão brasileiro da Bienal de Veneza deste ano.

Para os tupinambás, que foram os primeiros a ter contato com os colonizadores, o manto representa a memória e o ativismo social e político pelos direitos das mulheres indígenas, além do resgate da tradição desse povo.

Os 10 maiores povos indígenas do Brasil Os 10 maiores povos indígenas do Brasil

Artistas indígenas

Ao lado de Glicéria, outros 11 artistas indígenas irão expor as suas obras, são eles: Aislan Pankararu, Ajú Paraguassu, Arissana Pataxó, Auá Mendes, Davi Marworno, Déba Tacana, Edgar Kanaykõ Xakriaba, Paulo Desana, Tamikuã Txihi, Xadalu Tupã Jekupé e Yacunã Tuxá.

Sandra Benites, da etnia Guarani-Nhandeva (MS), é uma das curadoras da exposição
Sandra Benites, da etnia Guarani-Nhandeva (MS), é uma das curadoras da exposição
Foto: Cláudio Gerner/divulgação

A exposição tem a curadoria de Sandra Benites, da etnia Guarani-Nhandeva (MS), que é pesquisadora e doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ, e se tornou a primeira curadora indígena a integrar a equipe de um museu no Brasil.

Segundo Sandra, "reunir trabalhos de artistas indígenas de várias partes do país, de contextos e geografias díspares, cada um com sua linguagem e singularidade" é o que dá força à exposição.

Vera Nunes, pesquisadora na área de gênero, raça e interseccionalidades, também é curadora do projeto. Ela é uma das principais mulheres na liderança de projetos artísticos de grande escala no Brasil. Para Vera, é importante a Bahia receber a mostra, uma vez que o estado é um "genuíno território indígena".

"É o reencontro afetivo dos baianos com a sua ancestralidade, o resgate da memória-território. O que estamos fazendo é movimentar essa memória, pois ela depende desse movimento. E despertar a memória, reativá-la, é fundamental para a construção do futuro", explica ela.

A exposição chama a atenção do público para a importância que os indígenas têm no futuro do planeta
A exposição chama a atenção do público para a importância que os indígenas têm no futuro do planeta
Foto: Matheus Alves/divulgação

Nhe´ ẽ Se

Nhe´ ẽ Se é uma expressão da língua guarani que, na língua portuguesa, significa o desejo de fala, a expressão do espírito e o diálogo como cura. E nesse desejo, presente na exposição, contém outro: o de mostrar a força política e a beleza conceitual das culturas indígenas.

Desse modo, a exposição chama a atenção do público para a importância que os indígenas têm no futuro do planeta. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, falou sobre a relevância política da mostra: "É com muita felicidade que eu vejo que estamos ocupando espaços com a nossa arte".

Os materiais usados nas obras foram encontrados nos próprios territórios dos artistas indígenas, reforçando o objetivo da mostra de fazer o público mergulhar no universo indígena. A exposição terá audiodescrição e vídeos legendados todos os dias.

Serviço:

Exposição coletiva de arte indígena: Nhe´ ẽ Se

Local: CAIXA Cultural Salvador

Endereço: R. Carlos Gomes, 57 – Centro

Abertura: 28 de maio de 2024, às 19h

Temporada: de 28 de maio a 04 de agosto de 2024

Visitação: de terça a domingo, das 9h às 17h30

Entrada: gratuita

Classificação indicativa: livre para todos os públicos

Informações: @CAIXACULTURALSALVADOR | www.caixacultural.gov.br

Realização: Via Press

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal - Brasil União e Reconstrução

Fonte: Redação Nós
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade