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Justiça proíbe filho caçula de Lula de se aproximar da ex-namorada e do apartamento do casal

Luís Cláudio Lula da Silva é acusado pela ex-namorada de violência doméstica, envolvendo agressões físicas e psicológicas; defesa nega e diz que acusações são 'fantasiosas'

3 abr 2024 - 12h53
(atualizado às 14h14)
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Filho de Lula é acusado de violência doméstica pela ex-mulher
Filho de Lula é acusado de violência doméstica pela ex-mulher
Foto: Reprodução/Instagram

O empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho mais novo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está proibido de se aproximar da ex-namorada, que o acusa de violência doméstica, por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Entre as medidas protetivas, também está a determinação de que Luís Cláudio deixe o apartamento do casal. A defesa do filho de Lula afirma que as declarações são "fantasiosas" e que pedirá reparação por danos morais (leia a íntegra da nota abaixo).

A médica Natália Schincariol, com quem Luís Cláudio manteve um relacionamento nos últimos dois anos, registrou boletim de ocorrência on-line nesta terça-feira, 2, relatando episódios de supostas agressões físicas e verbais ocorridas desde janeiro. Eles estavam separados, segundo ela, após a descoberta de supostas traições de Luís Cláudio, de 39 anos.

"Analisados os autos, em cognição superficial, nota-se que o relato da vítima é coerente e verossímil. Assim, diante de possível situação de vulnerabilidade da mulher, verifico a presença dos requisitos legais para a concessão das medidas protetivas", determinou a juíza.

As medidas protetivas expedidas pela Justiça estabelecem que o empresário não se aproxime a menos de 200 metros da ex-namorada nem frequente os mesmos locais que ela, como trabalho, templos religiosos e ambientes de estudos. Ele não poderá manter contato com a vítima por nenhum meio e, caso queira entrar no apartamento do casal para retirar itens pessoais e documentos, terá que estar acompanhado de oficial de Justiça ou enviar um terceiro, indicado por ele, e com a supervisão de Natália.

O boletim de ocorrência relatando as agressões, registrado na 6ª Delegacia de Polícia Civil, cita cinco acusações: violência doméstica, ameaça, vias de fato, violência psicológica contra a mulher e injúria. "Me deu uma cotovelada na barriga em uma das brigas no final de janeiro", apontou a médica no registro.

A vítima também narrou agressões verbais, psicológicas e morais que "têm se intensificado ao longo do tempo", "colocando em risco" sua integridade física e mental. O boletim de ocorrência não foi registrado antes, segundo a vítima, porque Luís Cláudio teria dito que não aconteceria nada com ele por ser filho do presidente da República.

Na noite desta terça-feira, Natália publicou uma nota em seu perfil no Instagram, em que, por meio de sua defesa, afirma que "sua decisão de não sofrer em silêncio é um testemunho de sua firmeza e determinação em buscar justiça". A defesa também afirma que a médica não pretende obter qualquer vantagem financeira com a exposição, "que foi realizada de forma alheia à sua vontade".

O que diz a defesa de Luís Cláudio

Por meio de nota, a defesa de Luís Cláudio Lula da Silva afirmou ter tomado conhecimento dos fatos narrados no boletim de ocorrência e classificou as declarações da médica como "fantasiosas". A advogada Carmen Silvia Costa Ramos Tannuri diz ainda que as acusações se enquadram nos crimes de "calúnia, injúria e difamação" contra Luís Cláudio. Eles não descartam entrar com ação por danos morais. Procurada pelo Estadão para se pronunciar sobre as medidas protetivas, a defesa não respondeu.

"Na condição de advogada de Luís Cláudio Lula da Silva, tomamos conhecimento das fantasiosas declarações que teriam sido proferidas pela médica, atribuindo ao nosso cliente inverídicas e fantasiosas agressões, cujas mentiras são enquadráveis nos tipos dos delitos de calúnia, injúria e difamação, além de responder por reparação por danos morais, motivos pelos quais serão tomadas as medidas legais pertinentes", disse Carmen Silvia Costa Ramos Tannuri.

Estadão
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