Golpistas presos têm processo e condenações pela Lei Maria da Penha
Um dos casos trata de violência contra a mãe de um acusado, detido nos atos terroristas
Entre os golpistas presos por atos extremistas em Brasília no dia 8 de janeiro, ao menos sete que tiveram fichas criminais já analisadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) têm envolvimento com processos ou condenações pela Lei Maria da Penha. Segundo informações do jornal O Globo, seis casos envolvem ameaça contra esposas ou ex-companheiras, e um caso é sobre violência registrada pela própria mãe de um dos presos.
No caso de Antônio César Pereira Junior, ele foi condenado a quatro anos de prisão em regime semiaberto, após descumprir medidas protetivas requisitadas pela própria mãe. Em 2020, ele usou uma faca para ameaçar matá-la.
Em dado momento da tramitação do processo, a vítima dispensou as medidas. Ela alegou que iria acompanhá-lo nos tratamentos contra alcoolismo e vício em drogas assim que ele deixasse a prisão.
Outro caso que envolveu prisão é a de Romualdo Gomes da Silva. Em 2021, ele descumpriu medidas protetivas, desta vez concedidas pela Justiça à sua ex-companheira. Segundo a vítima, ela foi ameaçada com uma barra de ferro durante o processo de separação e, mesmo no momento da prisão do ex-companheiro, ouviu que ele a mataria logo que saísse da cadeia.
Ações em aberto
Ainda há ações em aberto, como a de Davi Alves Torres, cuja ex-esposa solicitou medidas protetivas que incluem também os filhos do casal. De acordo com o jornal, a última movimentação do caso é a respeito do agendamento de audiência entre o acusado e a vítima.
A reportagem cita ainda Armando Valentin Settin Lopes de Andrade, Paulo Augusto Bufarah, Agustavo Gontijo Ferreira e Adalto da Silva Araújo envolvidos em processos da Lei Maria da Penha. Apenas a defesa de Armando respondeu ao jornal, negando acusações de perseguição e constrangimentos.