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Continuam os esforços para o salvamento do Kursk

Terça, 15 de agosto de 2000, 19h05min
Uma primeira tentativa para resgatar os 116 marinheiros do submarino nuclear russo Kursk fracassou esta noite (horário local) por causa das más condições do tempo, reduzindo as esperanças de resgar os tripulantes rapidamente do fundo do mar de Barents, a noroeste da Rússia.

Os socorristas continuarão tentando durante a noite. Aproveitando uma calmaria da tormenta, a marinha russa submergiu às às 21 horas locais (14 horas de Brasília) um minissubmarino que deveria servir para trazer os marinheiros à superfície.

Pouco antes de fracassar esta primeira tentativa de resgate, o comandante-em-chefe da marinha russa, o almirante Vladimir Kuroiedov, se mostrou muito pessimista. "Não sabemos de nada que acontece dentro do submarino", disse Kuroiedov ao canal de televisão russo RTR. "A única coisa certa é que há vivos, que lançam pedidos de SOS. O restante são nossas esperanças, que diminuem diariamente, pois os cálculos mostram que, no máximo, no dia 18 de agosto, não haverá mais oxigênio a bordo", afirmou.

O minissubmarino, ou uma espécie de "cápsula", é um aparelho concebido especialmente para socorrer as tripulações de submarinos em dificuldades. Uma vez submersa, é acoplada a escotilha do submarino e desta maneira, em princípio, os tripulantes podem sair e são içados para a superfície.

O secretário de defesa americano, William Cohen, enviou uma nota a seu colega russo para lhe oferecer ajuda no resgate, informou o porta-voz do Pentágono, contra-almirante Craig Quigley. O contra-almirante disse que não tinha resposta imediata de Moscou para a oferta de Cohen, que foi transmitida esta manhã ao ministro da defesa russo Igor Sergeyev.

A Rússia pediu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) toda a ajuda que possa oferecer para salvar atripulação do Kursk, indicou o contra-almirante Craig Quigley. Quigley afirmou que se tratava de "um tipo de pedido" feito a OTAN pela Rússia, mas que os detalhes deste pedido não estavam muito claros.

Em Bruxelas, o estado-maior da OTAN recebeu a visita de uma delegação de oficiais russos, que conversaram com peritos da Aliança sobre as possibilidades de resgate, segundo uma fonte confiável. No entanto, Moscou não fez nenhum pedido de ajuda oficial, destacou a OTAN. Os oficiais russos conversaram por teleconferência com especialistas em questões submarinas da OTAN, com base em Northwood, Grã-Bretanha.

Muitos especialistas destacavam na noite de hoje que o fato do submarino estar adernado em 60 graus sobre um dos costados dificultaria a operação de resgate. "O fato de estar adernado torna esta operação muito difícil. Com tal inclinação, de 60 graus, é praticamente impossível acertar a posição do minissubmarino sobre a escotilha de segurança, para acoplá-lo", disse o capitão de reserva Igor Kudrin ao canal privado de televisão NTV.

A marinha russa, em sua corrida contra o relógio para tentar salvar a vida dos marinheiros, continuava dependendo das condições meteorológicas. O porta-voz da marinha, Igor Digalo, destcou que o "tempo ruim, a má visibilidade sob a água e as potentes correntes submarinas" tornam "impossível qualquer previsão exata sobre em quê condições a evacução seria possível".

O Kursk, um dos orgulhos da frota russa, sofreu uma avaria, devido provavelmente a uma explosão no final de semana passado. "Uma explosão no primeiro compartimento de mísseis" danificou o sumarino, afundando-o, em águas internacionais, entre a Rússia e a Noruega.
Em Oslo, o ministério norueguês das relações exteriores informou à agência norueguesa NTB que a avaria do Kursk aconteceu "no sábado, dia 12", e não no domingo. O ministério norueguês da defesa criticou os russos por não terem alertado rapidamente a Noruega sobre o acidente com a nave. Vários compartimentos do submarino acidentado estão inundados.

Entre as causas que provocaram o acidente, a cem metros de profundidade, também se falou numa colisão com uma mina da Segunda Guerra Mundial, ou com outro submarino. O submarino transporta 24 mísseis, que não estão equipados com ogivas nucleares, segundo a marinha russa.

Apesar da tranqüilidade oficial, o capitão Kudrin disse que, "desgraçadamente o reator não está tão seguro como dizem os peritos". "O sistema de segurança foi ativado", mas "o reator está aquecido e tem que ser esfriado por bombeamento para estar em situação de segurança. Mas não há eletricidade", explicou Kudrin.

O submarino Kursk deveria participar, em novembro, da primeira campanha da marinha russa no Mediterrâneo em dez anos. Segundo a imprensa russa, agora existem "dúvidas" sobre o futuro da frota russa, e esse acidente acerta um duro golpe no presidente Vladimir Putin, que tenta recuperar para seu país o estatuto de grande potência marítima.

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