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Segue o drama dos tripulantes do submarino nuclear russo

Segunda, 14 de agosto de 2000, 21h16min
O submarino nuclear russo, Kursk, continuava na noite desta segunda-feira em situação perigosa a pelo menos cem metros de profundidade no mar de Barents, no Ártico. Segundo as atoridades russas o incidente começou depois de ter, provavelmente, se chocado com outro submergível. Cento e dezesseis homens e 24 mísseis estão a bordo.

As operações de resgate se complicaram durante esta noite com a chegada de fortes ventos. Dezenas de barcos já estão na zona onde o Kursk foi localizado no final da tarde, segundo a assessoria de imprensa da Frota do Norte citado pela agência Interfax. Uma equipe de resgate envia oxigênio e eletricidade ao submarino.

O estado-maior da marinha russa destacou que a hipótese de uma colisão com um submarino estrangeiro, que poderia continuar na área, era a mais aceita pelos militares. Por sua vez, o Pentágono informou, em Washington, que não há indícios de que um navio dos Estados Unidos estivesse envolvido no acidente, mas não fez comentários sobre se algum submarino americano teria estado nas proximidades do Kursk no momento do acidente.

O porta-voz do Pentágono frisou que os Estados Unidos não receberam pedido de ajuda dos russos e indicou que não sabia ao certo "se teriam condição de ajudar". O Kursk fazia um exercício de ar e terra, tipo de manobra que normalmente é acompanhada de perto por militares americanos.

O comandante-em-chefe da marinha russa, almirante Vladimir Kuroiedov, classificou de "escassas" as possibilidades de resgatar o aparelho e a tripulação, com o qual mantém contato radiofônico. Logo em seguida, no entanto, fontes do estado-maior afirmaram que deixaram de receber sinais de rádio do submergível".

Um responsável do comando da Frota do Norte declarou à Interfax que o submarino sofreu avarias na proa e na parte superior e que não excluia a possibilidade de que haja vítimas entre a tripulação. O armamento que o submarino russo transportava não inclue ogivas nucleares, o reator foi detido e está sob controle, e o nível de radiatividade na área é normal, segundo os militares.

Segundo o Instituto norueguês para a prevenção de radiações, que mediu o nível de contaminação no norte do país, não haveria qualquer vazamento de radiatividade.
O incidente parece que aconteceu no domingo de manhã a leste da base russa de Severomorsk, não muito longe da fronteira norueguesa.

O submarino interrompeu bruscamente o contato por rádio durante as manobras navais nas quais participava, e foram necessárias várias horas para localizá-lo.

Segundo o canal de televisão NTV, houve entrada de água na parte da frente da nave que inundou vários compartimentos e o levou para o fundo do mar, com o reator detido.

A paralisação do reator significa que já não tinha eletricidade a bordo, o que ameaçaria os sistemas vitais, especialmente a alimentação de oxigênio, agregou a NTV.

O ex-oficial da Frota do Norte, Alexandre Nikitine, que acaba de ser absolvido pela justiça russa da acusação de "alta traição" por colaborar com a organização ecologista norueguesa Bellona, se mostrou pessimista sobre as possiblidades de resgate.

Além disso, estimou em Oslo, em declarações a agência de imprensa norueguesa NTB, que tinha certamente uma ou várias avarias que possibilitavam a entrada de água na nave.

A televisão russa RTR indicou que o submergível estava adernado e que os marinheiros estavam na popa porque estão inundados quatro compartimentos da proa.

Os submarinos da classe "Oscar-II", segundo a classificação da Organização do Atlântico Norte (OTAN0, têm uma autonomia de 120 dias em imersão a uma profundidade máxima de 500 metros, mas não têm equipamentos de salvamento da tripulação, segundo Nikitine.

Em Londres, um perito britânico, Paul Beaver, colaborador da revista militar Jane´s, indicou que os russos têm apenas um prazo de 48 horas para resgatar os homens do submarino.

A Marinha americana tem veículos de resgate submarino desenhados para resgatar tripulações de submarinos americanos e da OTAN, mas não acreditam que estejam adaptados para serem utilizado num submarino russo.

A marinha russa utiliza 76 submarinos nucleares, três vezes menos desde que a URSS deixou de existir. O orçamento destinado a manutenção dos submarinos cobre somente 10% das necessidades, segundo o estado-maior.

O defeito do Kursk, um dos submarinos russos mais modernos, entrou em serviço em 1995, é o primeiro de tal magnitude desde o afundamento, em 1989, do submarino soviético Komsomolets, na costa norueguesa e que deixou um saldo de 42 mortos.

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