Como se não bastasse o desafio do carro elétrico, a Europa está perdendo outro bonde: o dos carros autônomos
Em 2026, os primeiros robotáxis começarão a circular no Reino Unido e na Alemanha, mas a regulamentação rigorosa está atrasando a chegada dessa tecnologia
Enquanto em algumas cidades dos EUA e da China já não é tão raro encontrar robotáxis sem motorista, a Europa continua presa em uma teia de regulamentações que freiam o desenvolvimento da condução autônoma. No entanto, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já soou o alerta, admitindo que "os carros autônomos já são uma realidade nos EUA e na China. O mesmo deveria valer aqui na Europa". E a estratégia na UE parece seguir a mesma linha da inteligência artificial: "Safety First" (segurança em primeiro lugar).
O problema de fundo
A Europa mantém capacidade tecnológica e grandes fabricantes, mas sua fragmentação regulatória a deixa fora de jogo. Cada país possui suas próprias normas para testar e homologar veículos autônomos, o que complica a implementação em larga escala. Enquanto isso, estados como Arizona e Califórnia nos EUA, e cidades como Pequim e Shenzhen na China, já testam robotáxis em suas ruas há anos, sem obstáculos burocráticos.
Na China, mais de 60% dos carros vendidos este ano incluem tecnologia de condução autônoma de nível 2, muitas vezes de série, até em modelos básicos. Empresas como WeRide, Pony AI e Apollo Go contam com o apoio do governo chinês e estão se expandindo de forma agressiva. Nos EUA, a Waymo, pertencente à Alphabet, já possui licença para testes em Nova York, enquanto a Tesla também realizou experimentos em Austin em junho passado, transportando passageiros em seus veículos. De fato, a empresa de Musk ofereceu ao bilionário um...
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