Marca chinesa Seres encerra operações no Brasil após vender apenas 8 carros
Com apenas 8 carros vendidos em 2024, marca chinesa Seres havia suspendido as atividades no Brasil em julho e já teve o CNPJ "baixado"
O mercado automotivo brasileiro acaba de perder uma marca. A chinesa Seres, que chegou ao Brasil em julho de 2023, encerrou as operações no país. Com apenas 8 carros vendidos em 2024, a Seres chegou a suspender as atividades em meados do ano passado e tinha um plano de reestruturação no país, que incluía a abertura de concessionárias em diferentes cidades.
No entanto, de acordo com a revista Autoesporte, o CNPJ da Seres já se encontra como “baixado” no sistema da Secretaria da Fazenda do Brasil. Ou seja, a empresa já teve as atividades oficialmente encerradas no país. O único CNPJ da marca ainda ativo no país é o do centro de distribuição de peças da marca chinesa em Itupeva (SP).
Além disso, o site oficial e os telefones da Seres foram desativados, e os perfis da marca em redes sociais já não são atualizados há alguns meses. Em julho do último ano, a marca chinesa Seres surpreendeu ao anunciar a suspensão de suas atividades no Brasil. Com apenas 8 carros vendidos em 2024, a marca chegou a realizar um leilão das últimas unidades zero km do SUV elétrico Seres 3, que ainda tem estoque no país.
Com cerca de 27 unidades anunciadas, o Seres 3 tinha lances iniciais abaixo de R$ 60 mil e não tinha garantia da marca. Parceira da gigante de tecnologia Huawei, a Seres comercializou somente cinco unidades do Seres 3 e três do Seres 5, de acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
A dupla é importada de Xangai (China), para o Brasil. O primeiro é um SUV compacto elétrico de 164 cv e 300 Nm, com 206 km de alcance. O Seres 3 também era oferecido com blindagem em parceria com a Armor, que custava R$ 80 mil extras. Já o Seres 5 é um SUV médio, também elétrico, mas com dois motores que oferecem 585 cv e 940 Nm combinados.
Oferecido com opções de bateria de 80 kWh e 90 kWh, o alcance chega a 530 km no ciclo internacional. Inicialmente, a montadora chinesa chegou ao país com uma proposta de vendas apenas pela internet, sem uma rede de concessionárias. A estratégia seria inspirada na Tesla, que é muito forte nessa modalidade de vendas nos EUA.
No entanto, alguns meses depois, a Seres chegou a abrir duas lojas físicas, uma em São Paulo (SP) e a outra no Rio de Janeiro (RJ), ambas já fechadas. Pouco depois, a Seres informou que o plano inicial de fazer vendas diretas pela internet seria substituído pelo estabelecimento de uma rede de concessionárias, com ao menos 15 grupos interessados.
Na época, a assessoria da Seres alegou que o atraso na chegada de novas unidades era devido ao sucesso comercial dos modelos da marca na China. Isso teria diminuído muito a disponibilidade de unidades para outros mercados, incluindo o Brasil. Outro problema seriam os atrasos na homologação dos carros.
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