Jaecco 7 impressiona com visual ousado e tem maçanetas polêmicas
SUV híbrido plugável da Jaecoo combina grade imponente, 339 cv de potência e recarga ultrarrápida – mas decepciona no porta-malas
Trata-se de marca chinesa irmã da Chery, mas o SUV médio Jaecco 7 chama atenção pela enorme grade de elementos verticais que lembram uma cachoeira. Há um contraste evidente com a discreta parte traseira, de lanternas interligadas e defletor de teto. A área envidraçada relativamente pequena pode fazer falta no tráfego do dia a dia. Há teto solar panorâmico. Maçanetas são embutidas, solução que está sob críticas até na China por dificultar acesso externo em acidentes, mesmo que vários modelos as adotem.
Segundo a Jaecoo, o J7 pode rodar 1.200 km
Dimensões são próximas ao Tiggo 7: mesmo comprimento (4.500 mm) e entre-eixos (2.670 mm), largura, 1.865 mm, altura, 1.670 mm. Espaço para pernas no banco traseiro um pouco limitado. Porta-malas pequeno e com assoalho alto: só 340 L. Como se trata de híbrido plugável e o tanque tem 60 L o alcance em cidade é de 906 km e em estrada, 810 km, embora a marca declare até 1.200 km em trechos urbanos.
Motor a combustão turbo de 1,5 L entrega 135 cv e 22,4 kgfm; o elétrico 204 cv e 31,6 kgf·m. Potência e torque combinados: 339 cv e 52 kgf·m. A bateria de 18,3 kW·h apresenta uma vantagem: aceita corrente alternada ou contínua. No segundo caso, recarrega entre 30 e 80% em 20 min.
Logo ao entrar no Jaecco 7 uma surpresa: não existe o tradicional botão de partida. O carro está pronto para arrancar em modo elétrico: após pisar no freio, é só acelerar. Tela multimídia vertical de 14,3 pol. impressiona. Menus e submenus são exagerados, mas pelo menos os ajustes do ar-condicionado ficam separados, na base da tela, onde se regulam os espelhos e cujo controle estaria melhor nas portas.
Android Auto e Apple CarPlay espelham-se sem fio e há carregamento por indução para o celular. Para viagem mais longa, as tomadas USB e USB-C estão mal posicionadas na parte inferior do console. Muito boas câmeras de visão externa de 360° e também do solo abaixo do veículo.
Em algumas voltas no circuito do Haras Tuiuti, arrancadas e retomadas foram convincentes. Aceleração declarada de 0 a 100 km/h em 8,5 s. Mas acertos tanto de direção quanto de suspensões poderiam ser um pouco melhores para os padrões de uso no Brasil. O banco do motorista oferece adequada sustentação lateral, sem prejuízo do conforto. Pedal de freio deveria ser mais firme: passa alguma incerteza. Preço competitivo: R$ 249.990.