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Hugo Motta quer elevar mistura de etanol na gasolina para 35%

Presidente da Câmara defende ampliar teor de etanol na gasolina de 30% para 35%; medida preocupa donos de carros importados e antigos

22 out 2025 - 16h45
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Gasolina está com o preço próximo à paridade de importação (PPI), viabilizando importações, segundo entidade
Gasolina está com o preço próximo à paridade de importação (PPI), viabilizando importações, segundo entidade
Foto: Reprodução/Agência Brasil / Estadão

A atual mistura de 30% de etanol na gasolina pode subir em breve para 35%. Na última segunda-feira (20), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu a proposta de aumentar o percentual de etanol anidro na gasolina comum ou aditivada vendida em postos no Brasil. A medida pode causar impactos na durabilidade de alguns veículos.

O que pode mudar

“Hoje, nós já temos 30% da mistura da gasolina com etanol e vamos lutar e brigar para que avancemos aos 35% na mistura, o que, sem dúvida alguma fortalecerá ainda mais a indústria de biocombustíveis do nosso país”, afirmou o político durante a 25ª Conferência Internacional sobre Açúcar e Etanol, evento organizado pelo Datagro em São Paulo (SP).

A cana-de-açúcar é matéria-prima para o etanol, álcool também utilizado na indústria alimentícia e em outras, como a química. No entanto, a principal vantagem do etanol é servir de biocombustível para automóveis.
A cana-de-açúcar é matéria-prima para o etanol, álcool também utilizado na indústria alimentícia e em outras, como a química. No entanto, a principal vantagem do etanol é servir de biocombustível para automóveis.
Foto: Divulgação / Flipar

A última mudança na gasolina nacional foi realizada em agosto deste ano. Em junho, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou o aumento da mistura de etanol de 27% para 30% e do biodiesel de 14% para 15%, com a justificativa de que o preço dos combustíveis se tornaria mais baixo com a redução da dependência do petróleo importado. 

Além disso, a medida também pretende fortalecer o setor de biocombustíveis no Brasil. A mudança faz parte do projeto de lei “Combustível do Futuro”, que autoriza a elevação do etanol até o percentual de 35%, caso haja viabilidade técnica.

Mudança não baixou o preço da gasolina

Na época, estimava-se que a mudança poderia gerar uma queda de até R$ 0,20 por litro. Na prática, isso não ocorreu. De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina comum era de R$ 6,22 por litro em julho, antes do aumento do percentual de etanol.

Volkswagen Golf MK7 foi produzido em São José dos Pinhais (PR)
Volkswagen Golf MK7 foi produzido em São José dos Pinhais (PR)
Foto: VW/Divulgação

Em outubro, o preço médio ficou em R$ 6,21 mesmo com mais etanol na gasolina, por conta do aumento do custo do combustível derivado da cana de açúcar. A nova perspectiva é de uma redução de R$ 0,11 no preço do litro da gasolina nas bombas. A gasolina premium permanece com o percentual fixado de 25% de etanol.

Medida pode prejudicar carros antigos e importados

A notícia preocupa proprietários de veículos antigos ou importados, que contam com motores movidos somente a gasolina. O etanol pode reduzir a vida útil de componentes que não estejam adaptados à concentração maior do biocombustível na gasolina. Já para carros flex, a nova mistura não causaria problemas ao motor, mas aumentaria o consumo, uma vez que o etanol é menos eficiente do que a gasolina.

Chevrolet Monza 500 EF 1990
Chevrolet Monza 500 EF 1990
Foto: João Buffon/Guia do Carro/@joaohbuffon
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