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GWM demonstra mais compromisso com o Brasil do que a BYD, por enquanto

Montadora chinesa GWM inaugura fábrica e integra fornecedores locais; primeiros carros chegarão em breve e terão peças nacionais

21 ago 2025 - 17h53
(atualizado em 21/8/2025 às 14h52)
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Haval H9 e Poer P30: veículos chineses serão lançados em setembro
Haval H9 e Poer P30: veículos chineses serão lançados em setembro
Foto: Revista Carro

A produção começa, como em toda fábrica, mais lenta. Todavia, a GWM (maior marca chinesa de autoveículos com capital 100% privado) apresenta planos bem estruturados de crescimento. Planeja aumentar sua capacidade produtiva atual de 50.000 unidades anuais em Iracemápolis (SP) para até 300.000 unidades. Assim poderá atender também a exportações dentro do Mercosul e México.

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A empresa investiu R$ 4 bilhões nesta primeira fase e terá 1.000 funcionários até o final do ano. Mas os planos incluem mais R$ 6 bilhões entre 2027 e 2032, além de dobrar o número de empregos diretos.

Primeiros modelos a deixarem as linhas de produção são o SUV híbrido médio Haval H6 com motor a gasolina, a picape média Poer P30 e o SUV de sete lugares H9, estes dois últimos com motores turbodiesel.

Ao contrário da BYD que “inaugurou” sua fábrica em Camaçari (BA) sem produzir nada com conteúdo local até agora, a GWM inicia com soldagem manual, seguida por operações com 18 robôs e quatro estações automáticas de pintura. Há 18 fornecedores nacionais no momento entre eles Basf, Bosch, Continental, Dupont e Goodyear. No total, 110 firmas cadastraram-se com interesse em suprir componentes.

A GWM anunciou a construção de um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento dentro do terreno da fábrica de Iracemápolis, construída pela Mercedes-Benz em 2016, fechada em 2020 e vendida em 2021. O foco será em tecnologia flex, sistemas híbridos e elétricos. Também desenvolverá projetos chineses para as condições de uso e rodagem no Brasil e América do Sul. O centro contará com mais de 60 técnicos e engenheiros, terá 4.000 m² de área construída e deverá abreviar o lançamento de novos produtos, além de aperfeiçoar os três modelos atuais.

A marca dá demonstrações de compromissos com o País e de querer crescer de forma contínua para gerar empregos.

Ainda mais esportivo, Mustang Dark Horse

Trata-se da versão mais próxima de um modelo de competição, cujo V-8, 5-litros, de aspiração natural entrega 507 cv, 57,8 kgf·m e calibração específica para o Brasil, inclusive de amortecedores e molas. Entre os pormenores escurecidos do Dark Horse estão para-choques, faróis, faixas no capô, carcaças dos retrovisores, rodas, pinças de freio, ponteiras duplas de escapamento e defletor traseiro funcional.

Na avaliação ao longo de 90 km, de São Paulo até Mogi Guaçu (SP), destaques para boa pegada do volante e a suspensão adaptativa no modo Normal que pouco prejudica o conforto de marcha. Naturalmente exige atenção em lombadas nem tão altas ou rampas de acesso a garagens. Resposta do acelerador bastante progressiva.

Em três voltas no autódromo Velocitta, para testar o modo Pista, impressionaram muito bem as reações e a precisão do volante. Controle de estabilidade permissivo na medida certa, inclusive um bem leve sobresterço adequado para situações de exigência severa em curvas. Não traz sensação de “adernar” e sim próxima a de um carro de competição.

O câmbio automático de 10 marchas com borboletas para trocas manuais têm uma função bem interessante: ao manter a haste apertada as marchas reduzem-se automaticamente até atingir a rotação ideal. O escapamento permite sonoridade ímpar e empolgante acima de 5.000 rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h é a esperada para esse tipo de cupê: 3,7 s. Preço: R$ 649.000.

Commander 2026: alterações visuais e preço menor

São atualizados grade, para-choque, assinatura de LEDs no conjunto ótico dianteiro e rodas de 18 e 19 pol. Na traseira, lanternas interligadas têm agora iluminação contínua de LEDs. Para as versões de topo, Overland e Blackhawk, a alavanca do câmbio automático de nove marchas foi substituída por seletor rotativo no console. Uma câmera 360° facilita manobras e é bastante útil no uso fora de estrada em trilhas mais difíceis. Entre-eixos de 2.793 mm garante espaço interno muito bom. Destaque também para o porta-malas de 223 L (sete lugares) até 661 L (cinco lugares).

Versões de cinco e de sete lugares, dos três motores, mantidos sem alterações. Destaque para o Hurricane 2-L turbo, gasolina, 272 cv, 40,8 kgf·m, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 7 s, na versão de topo Blackhawk. Há também o 1,3 L, turbo flex, 176 cv, 27,5 kgf·m, câmbio automático de seis marchas, tração 4x2 e o Multijet turbodiesel 2,2-L, 200 cv e 45,9 kgf·m, câmbio automático de nove marchas e tração 4x4.

Avaliação dinâmica em Mendoza, Argentina foi feita com os motores Multijet e Hurricane. Versão diesel oferece uma arrancada vigorosa, porém de reação contida em rotações médias e altas. Já o motor a gasolina, apesar de um pouco menos de ímpeto inicial, impõe sua maior potência logo que a velocidade aumenta, às custas do consumo de combustível obviamente maior. Trecho de terra com muitos aclives, declives e obstáculos mais radicais foram vencidos sem grande dificuldade.

Preços: R$ 220.990 a R$ 324.990 (reduzidos em até R$ 19 mil).

SIMEA 2025 debateu temas de alta relevância

Em sua 32ª edição, o Simea (Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva), promovido pela AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) focou nos pontos mais relevantes para o futuro da indústria automobilística no Brasil e no mundo. Os avanços do País são notáveis desde a criação do Proconve há 39 anos quanto a emissões veiculares. Um automóvel em 1986 poluía o equivalente a 136 veículos atuais, embora poucos se lembrem disso. Há novas fases previstas para 2030, contudo sem avançar na direção de inspeção veicular e renovação de frota (em especial de veículos pesados) será muito difícil garantir ar mais limpo.

Relembrou-se o grave problema de infraestrutura no Brasil: 65% de cargas transportadas por rodovias, das quais apenas 12% pavimentadas. Gera desperdício de 1,18 bilhão de litros de combustível e emissões adicionais de 3,13 milhões de toneladas de CO₂ por ano.

Hibridização, eletrificação, direção automatizada e experiência digital do usuário guiarão o desenvolvimento nos próximos anos. Pilares dessa transformação: comunicação móvel, computação em nuvem, novas tecnologias de software, inteligência artificial, engenharia de dados e semicondutores de alta desempenho para integrar o veículo ao ambiente externo. Até 2030, o mercado automobilístico mundial de eletrônica e software deve movimentar US$ 462 bilhões. O País tem que se inserir nesse contexto.

Houve consenso sobre o papel estratégico dos biocombustíveis. Eletrificação combinada ao etanol oferece rota competitiva de redução de emissões de CO2 dentro do conceito correto do “poço” à roda.

Guia do Carro
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