Fiat lidera ranking de roubos e furtos em SP; veja os carros mais visados por bandidos
Roubos e furtos de automóveis caem 16,3% em São Paulo; estudo revela quais foram os veículos seminovos mais visados entre janeiro e abril de 2025
O Estado de São Paulo registrou queda de 16,3% nos roubos e furtos de automóveis no primeiro quadrimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre janeiro e abril foram registradas 16.153 ocorrências na região.
De acordo com os dados coletados pelo Boletim Econômico Tracker-Fecap a maior queda, no entanto, foi observada nos roubos, com redução de 40,9%. Já os furtos caíram 12,1%, apontam os números.
Os veículos seminovos (com até seis anos de uso) representam 26,7% do total de boletins de ocorrência na categoria automóveis. No Estado de São Paulo, a queda nas ocorrências especificamente de carros fabricados de 2019 para cá foi de 17,3%. Na capital paulista, todavia, esse percentual sobe para 28,6%.
Os carros
Os Fiat Mobi Like e Argo Drive 1.0 permanecem no topo do ranking dos modelos mais visados de SP. No entanto, houve redução de 16,2% e 23,8%, respectivamente. Outros modelos da marca italiana, como as versões 1.0 e Trekking do Argo, bem como a picape Strada Volcano e o sedã Cronos Drive 1.3, também registraram quedas expressivas, consolidando uma tendência de recuo nas ocorrências envolvendo veículos da fabricante. Veja (abaixo) o top 20 de furtos e roubos de seminovos por marca e modelo no Estado de São Paulo.
* Esse registro genérico é resultado de imprecisões no momento do preenchimento do boletim de ocorrência, o que prejudica a análise detalhada por modelo e indica a necessidade de aprimoramento no registro das informações pelas autoridades e pelas vítimas
Ainda com base nos dados apresentados na tabela acima, nota-se crescimento de eventos com modelos da Hyundai. As versões Sense e Comfort do HB20, por exemplo, tiveram aumento de 22,4% e 16,1%, respectivamente. Enquanto isso, a configuração Vision do hatch se manteve estável.
"Outro destaque é o avanço de modelos que antes não figuravam entre os mais roubados/furtados, como os VW Polo Track e Saveiro, ambos já entre os 20 listados em 2025", complementa a análise Erivaldo Vieira, pesquisador da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e responsável pelo estudo.
Locais das ocorrências
A via pública é o principal cenário dessas ocorrências. "Dos 4.309 registros contabilizados, 3.833 (quase 89%) aconteceram nas ruas, avenidas e espaços públicos abertos, reafirmando o alto risco para proprietários que estacionam ou circulam fora de ambientes controlados", destaca o gerente de comando e monitoramento do Grupo Tracker, Vitor Correa.
O segundo local mais vulnerável são os estacionamentos e garagens, responsáveis por 183 ocorrências. "Este é um volume considerável, sobretudo quando se considera a suposta sensação de segurança desses locais", observa Correa. Para ele, uma forma de diminuir o número de casos é a rejeição por parte dos proprietários de veículos à peças em comércios ilegais. "A escassez e o alto custo de peças automotivas novas contribuem diretamente para o crescimento dos roubos e furtos. A sociedade pode contribuir e só comprar peças com nota fiscal".
Por fim, aparecem na lista estabelecimentos de comércio e serviços (101 ocorrências), residências (62) e uma série de lugares com menor representatividade, como centros empresariais, rodovias, shopping centers e áreas rurais.
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