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Com RAM Dakota e Fiat Titano, Stellantis mostra como fazer suco com um limão

RAM traz de volta o nome Dakota, usado pela Dodge na década de 1990, para batizar novo modelo que chega ao Brasil no começo do ano que vem para peitar Ford, GM e Toyota

17 ago 2025 - 15h11
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Na última semana, a RAM anunciou o retorno do nome Dakota ao portfólio nacional. Emblemática, a denominação fez sucesso no Brasil no fim da década de 1990, com a volta da Dodge ao País. A fabricante teve história curta por aqui, afinal, a produção da picape média - na planta de Campo Largo (PR) - durou até 2001. Foi pouco, mas suficiente para fazer história e deixar marcas.

Tinha dianteira bem desenhada, capô alto, grade imponente em formato de cruz e pneus largos. E, para cravar o sucesso, ganhou o título de último modelo oito cilindros nacional - para especificar o motor 5.2 com mais de 230 cv.

Dodge Dakota
Dodge Dakota
Foto: Dodge/Divulgação / Estadão

Agora, no entanto, os tempos são outros e a Stellantis - dona do conglomerado de marcas - definiu que a RAM seria a responsável pelas picapes parrudas no Brasil. Desse modo, depois das grandalhonas 1500, 2500 e 3500, bem como da picape intermediária Rampage, a fabricante vai relançar a Dakota. Continua em cena o desafio de peitar as veteranas Ford Ranger, Chevrolet S10 e Toyota Hilux, mas, desta vez, sob outra ótica.

Barreiras

Além de passar a vir pelas mãos da RAM, a novata vai enfrentar alguns preconceitos - até porque o brasileiro é extremamente conservador. A princípio, não vai ser fácil encarar esse trio, afinal, ao contrário do fim da década de 1990 (quando todas eram novatas no mercado), estamos falando em cerca de 30 anos de carreira para cada uma das adversárias.

Outro ponto: o consumidor de picapes médias não é muito receptivo à novidades. Prova disso é a VW Amarok que, apesar de pertencer a uma marca tradicional, nunca foi bem de vendas. Talvez, por ter chegado tarde ao mercado.

VW Amarok ganhou edição especial
VW Amarok ganhou edição especial
Foto: VW/Divulgação / Estadão

Por fim, e não menos importante, desde a pré-estreia, já teve gente falando (e torcendo o nariz) da origem chinesa da nova Dakota. A picape tem a mesma plataforma da Changan Hunter, já usada inicialmente na Peugeot Landtrek, que nunca veio ao Brasil (embora tenha sido cotada por inúmeras vezes).

Peugeot Landtrek
Peugeot Landtrek
Foto: Peugeot/Divulgação / Estadão

Como é a nova Dakota?

Ainda como protótipo, e na configuração Nightfall, a Dakota foi apresentada na quarta-feira (13). De acordo com a RAM, a novata chegará ao mercado brasileiro no início de 2026. Antes disso, porém, no fim deste ano, será lançada na Argentina, onde é produzida - em Córdoba.

Assim como acontece com a dupla Fiat Toro/RAM Rampage, a RAM Dakota nada mais é que uma Fiat Titano com modificações mecânicas e visuais. Essa base, a princípio, nasceu lá na chinesa Changan Kaicene F70 - que se tornou Changan Hunter, em 2023.

RAM Dakota
RAM Dakota
Foto: RAM/Divulgação / Estadão

Por ora, a RAM não divulgou preços nem dados técnicos do novo modelo. No entanto, acredita-se numa faixa logo acima da Rampage, com tabela começando entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, e superando os R$ 400 mil nas versões de topo.

Em termos de design, distinção total da Titano. A Dakota segue a cartilha da RAM, com estilo parrudo, capô alto, grade avantajada e faróis retangulares. As peças, ao menos pelo que foi mostrado no conceito Nightfall, ficam conectadas por uma barra de LED que contorna a parte superior da grade.

A inscrição "turbo" no capô dianteiro indica que a nova picape deverá ter o motor 2.2 turbodiesel MultiJet II, disponível na prateleira da Stellantis e já utilizado por Fiat Toro, Jeep Commander e pelas próprias Titano e RAM Rampage. Ele é conectado ao câmbio automático de nove marchas e desenvolve 200 cv e torque máximo de 45,7 mkgf. A tração é sempre 4x4. A marca também não exibiu o interior, mas promete não ter semelhanças com a Titano ou com a Changan Hunter. Contudo, é certo que será mais bem acabada do que a prima feita pela Fiat.

Questão de estratégia

A estratégia da Stellantis, em síntese, é esgotar o projeto e aproveitar até a última gota do limão para fazer uma boa limonada. Desse modo, caso a Dakota seja bem empacotada, como pareceu durante a apresentação da última semana, a picape pode conduzir a marca RAM a um novo patamar no Brasil e na América do Sul e, quem sabe, ingressar no segmento.

Além disso, como o projeto já está na mão, pronto, vai chegar bem antes da nova VW Amarok nas lojas do Brasil, maior mercado da região latino-americana. Ou seja, apesar dos pesares, há chances de a nova picape RAM se dar bem nessa história.

RAM Dakota
RAM Dakota
Foto: Vagner Aquino/Estadão / Estadão

De quebra, a Stellantis pavimenta o caminho entre as versões mais básicas com uma Fiat Titano (que deriva da mesma plataforma) bastante melhorada em relação ao modelo que estreou no Brasil no início de 2024, carregado de críticas. A ver no que isso vai dar, mas a RAM Dakota chega como um baita reforço.

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Estadão
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