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Carro elétrico polui menos do que a gasolina e supera o híbrido, diz estudo

Elétricos já poluem menos do que os carros a gasolina após dois anos de uso – e superam também os híbridos flex

3 nov 2025 - 08h46
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Carro elétrico polui menos do que a gasolina e supera o híbrido, diz estudo
Carro elétrico polui menos do que a gasolina e supera o híbrido, diz estudo
Foto: Divulgação

Um novo estudo da Universidade de Duke (EUA), publicado na revista PLOS Climate, reforça o argumento de que os carros elétricos são ambientalmente superiores aos modelos a combustão. Isso coloca em xeque a narrativa predominante no Brasil de que os híbridos flex são a melhor solução para a descarbonização do setor automotivo.

Mineração de lítio para carro elétrico leva só dois anos para compensar

Segundo a pesquisa, após dois anos de utilização, os veículos 100% elétricos (BEV), equipados com baterias de íons de lítio, passam a emitir menos CO₂ ao longo de seu ciclo de vida do que os carros movidos a gasolina.

Nos primeiros dois anos, os elétricos ainda geram cerca de 30% mais emissões totais – considerando extração de lítio, fabricação das baterias e montagem. Mas, depois desse período, a operação livre de emissões diretas compensa rapidamente o impacto inicial da produção. A partir daí, as emissões acumuladas caem de forma constante, especialmente à medida que a geração de energia se torna mais limpa.

O estudo utilizou o modelo GCAM (Global Change Analysis Model) para projetar cenários de adoção de carros elétricos até 2050 nos Estados Unidos. A conclusão é contundente: considerando todo o ciclo de vida, os danos ambientais causados pelos carros a combustão são de duas a três vezes maiores do que os provocados pelos elétricos.

Além disso, cada kWh adicional na capacidade das baterias de íons de lítio representa uma economia média de 220 kg de CO₂ até 2030 e 127 kg até 2050, o que indica ganhos crescentes de eficiência com o avanço tecnológico.

E os híbridos flex? Ajudam, mas não têm o mesmo impacto dos elétricos

No caso dos carros híbridos flex, comuns no Brasil, a comparação é intermediária. Eles combinam um motor a combustão (que emite CO₂) com um sistema elétrico auxiliar. Quando abastecidos com etanol, os híbridos reduzem significativamente o impacto climático – já que o etanol tem uma pegada de carbono muito menor do que a gasolina.

Porém, mesmo o híbrido flex mais eficiente ainda depende da queima de combustível. Assim, ao longo da vida útil, o carro 100% elétrico tende a ser mais limpo, especialmente em países onde a matriz elétrica é majoritariamente renovável – caso do Brasil, em que cerca de 80% da eletricidade vem de fontes limpas.

Para além disso, a opção das montadoras tradicionais pelo sistema híbrido flex tem mais a ver com baixo investimento e economia de custos do que com a firme opção pela descarbonização. A escolha de sistemas de baixo impacto – como o MHEV de 12 volts para híbridos da Fiat e da Peugeot – tem recebido várias críticas de especialistas. Outro ponto fraco da defesa dos híbridos flex é a baixa adesão ao etanol na hora de abastecer o carro. 

O futuro aponta para a eletrificação total, apesar de recuos pontuais

Nos útimos 18 meses houve uma redução na taxa de crescimento dos carros elétricos, devido ao valor elevado da maioria dos modelos zero km e da lenta formação de infraestrutura de carregamento. Soma-se a isso uma campanha difamatória contra a segurança e a durabilidade dos carros elétricos, o que levou algumas montadoras a rever seus prazos de eletrificação total.

Os pesquisadores da Duke preveem que os benefícios ambientais dos elétricos só devem crescer nas próximas décadas, conforme a geração de energia se torne menos dependente de combustíveis fósseis e a produção de baterias ganhe eficiência. No Japão foi noticiado que a Toyota, por exemplo, está avançada na pesquisa de baterias de estado sólido de alta voltagem. 

Em resumo, segundo a pesquisa da niversidade de Duke, os carros elétricos começam com uma “pegada de carbono” mais alta, mas compensam rapidamente – e, no longo prazo, são a alternativa mais sustentável entre todas as tecnologias automotivas disponíveis hoje.

*Viagem a convite da Nissan.

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