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Nintendo: preço de novo serviço online gera polêmica

Preços altos atualizados nesta semana e falta de recompensas para jogadores fiéis são pontos que irritam fãs

26 out 2021 - 18h16
(atualizado às 18h35)
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Preço de novo serviço online da Nintendo gera polêmica:

Se tem uma coisa que não é novidade para o gamer, é que a Nintendo nunca foi uma empresa "amiga do bolso" do consumidor. Sempre praticando preços salgados no mercado, a Nintendo provou mais uma vez que é acessível apenas para um grupo seleto de pessoas ao anunciar os preços do novo serviço online para Switch.

O Nintendo Switch Online + Pacote Adicional, tem como benefícios o acesso a jogos do Nintendo 64 e Mega Drive (SEGA Genesis) e a nova DLC de Animal Crossing: New Horizons, a Happy Home Paradise enquanto mantêm a assinatura ativa. No entanto, os preços dos planos surpreenderam negativamente. Os fãs mais cuidadosos com os gastos foram para as redes reclamar.

O plano individual custa R$262,99 por 12 meses (sem opção de parcelamento) enquanto uma o plano familiar (que suporta até 8 contas ativas) sai por R$421,99 durante 12 meses, no mesmo modelo. Ou seja, o usuário precisará pagar a assinatura anual de uma única vez. Só o serviço online ainda pode ser assinado mensalmente, com preço de R$20 por usuário.

"O problema não é só o preço, é o agregado. Eu penso que o custo-benefício - você jogar uma DLC e dois serviços retrôs não agrega", contou Felipe Lima, editor-chefe do Switch Brasil, maior blog especializado em Nintendo no País, ao Terra.

Preços atualizados do sistema online do Nintendo Switch estão disponíveis desde o dia 25 de outubro
Preços atualizados do sistema online do Nintendo Switch estão disponíveis desde o dia 25 de outubro
Foto: Divulgação/Nintendo

Custo-benefício tem sido um ponto cada vez mais de atenção para os gamers, principalmente em terras tupiniquins. Afinal, os problemas na economia brasileira, muito agravados pela pandemia, fizeram o dólar disparar. Até o fechamento desta matéria, por exemplo, o dólar nas casas de câmbio estava em R$5,57. Neste cenário de economia em baixa e dólar em alta, os produtos internacionais (caso da maioria das empresas de games) se tornam artigo de luxo.

"O fato é que a gente está vivendo um período muito complicado em que nosso poder de compra está caindo cada vez mais. A Nintendo nunca praticou preços amigáveis no Brasil, em todos esses anos, mas com esse reajuste e com os problemas da nossa economia, da nossa sociedade, fica ainda mais difícil. O gamer ainda não se ligou disso, mas ele sente onde mais dói para ele, nos jogos e nos serviços", ressaltou o nintendista de longa data e podcaster, Daniel Reen.

Que vantagem "Mário" leva?

Apesar da grande onda de revolta que o reajuste e o novo pacote causaram nas redes sociais, existe uma parcela de fãs que confiam no potencial do mercado latino-americano quando o assunto é a gigante dos videogames, e defendem as empreitadas financeiras.

Entre as justificativas está a possibilidade dos altos preços valerem mais benefícios em breve. Mas ainda não é confirmado que existam planos para que o pacote adicional traga, de fato, uma vantagem palpável para os consumidores. Enquanto isso a questão recai sobre um importante ponto: a fidelidade dos fãs.

"A Nintendo tem planos de agregar mais coisas, mais benefícios ao serviço no futuro. O problema é que isso vai acontecer a longo prazo, e a longo prazo não vale para gente. Eu não sinto que a gente está sendo recompensado por ser fiel à marca", disse Felipe.

"Se forem implementados a curto prazo, até que a gente pega uma flanela para passar, porque o pano inteiro não dá para passar, né? E a gente vai poder falar: 'Nintendo, pelo menos isso, minha filha'", acrescentou.

Nem tudo está perdido, Yoshi

Por fim, pelo menos em termos de jogos e novidades - ainda que eles sejam caros -, o nintendista tem muito para comemorar. A chegada de títulos como Monster Hunter Rise, WarioWare: Get It Together!, Metroid Dread, e mais recentemente o Mario Party Superstars localizado em português, sacudiram o coração dos fãs.

"É só o começo com Mario Party Superstars. A Nintendo tem, sim, o interesse em investir e trazer mais jogos localizados em português para o Brasil. Observando as vendas, certamente ela vai entender que tem um público aqui e que ele não pode ser ignorado. Afinal é um país com 200 milhões de pessoas, sendo que está entre os 20 primeiros países em questão de receita de jogos", afirmou Felipe.

"Eu acredito que a Nintendo vai focar bastante aqui ainda e aproveitar essa geração do Switch para construir uma base e poder carregar para as próximas plataformas", concluiu.

Fonte: Game On
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