Análise: Age of Empires IV equilibra diversão e educação
Jogo de estratégia chega nesta semana para PC
Age of Empires IV marca o retorno de uma das mais adoradas franquias de estratégia de todos os tempos. A Microsoft já vinha preparando o terreno com as remasterizações dos games anteriores nos últimos anos, mas este é o primeiro jogo inédito da série desde World Domination, jogo para celular lançado em 2015.
Para garantir o retorno triunfal de Age of Empires à boa forma, a Microsoft jogou seguro. O game é desenvolvido pela Relic, veterana do gênero e responsável pelas franquias Company of Heroes e Dawn of War, e traz tudo o que os fãs dos games anteriores esperam: várias civilizações diferentes, uma longa campanha solo e várias modalidades de partidas multijogador.
São oito civilizações que podem ser controladas pelos jogadores, tanto nas campanhas e partidas multijogador quanto nas batalhas individuais contra a máquina. Há vários níveis de dificuldade para selecionar, desde o tranquilo "História" até os mais desafiadores, que exigirão todo o conhecimento e raciocínio rápido dos estrategistas de plantão.
Guerras que mudaram o mundo
Age of Empires IV segue a fórmula clássica da série: você assume o comando de uma civilização e passa por diferentes eras aprimorando suas cidades, explorando o mapa por recursos e preparando seu exército para as guerras que, inevitavelmente, virão.
Uma das novidades da campanha principal é como essas batalhas são apresentadas em fases que se concentram totalmente nelas. Não ha tempo para coletar madeira e frutinhas quando uma parede de escudos se levanta. As batalhas não tem a escala de um Total War, mas funcionam muito bem para introduzir os comandos mais complexos do jogo, essenciais para mandar bem nas partidas multiplayer.
Os elementos de construção, gerenciamento de recursos e evolução estão presentes no jogo, é claro. E dá gosto ver suas cidades crescendo e se espalhando pelas colinas, ainda mais com os gráficos em resolução 4K. Age of Empires nunca foi tão bonito e detalhado.
Talvez o elemento mais legal de Age of Empires não seja diretamente ligado ao gameplay, mas sim os segmentos em vídeo que são desbloqueados conforme o seu progresso no jogo. São produções que deixam muitos canais de TV de história no chinelo, mostrando os locais reais das batalhas que você disputa no jogo, sobrepostos pelas unidades de Age of Empires, ou como são feitas as armas, armaduras e outras tecnologias. Tudo muito bem narrado em nosso idioma, ensinando de forma divertida sobre os acontecimentos que moldaram nosso mundo.
Sem inventar a roda em suas mecânicas de jogo, Age of Empires IV encontra esse equilibrio entre diversão e educação, tanto nos vídeos entre as partidas quanto nos detalhes das civilizações. O arco longo inglês garante supremacia ao lutar de longe. Os mongóis cercam seus inimigos e expandem seu território muito mais rapido. Cada povo tem suas unidades únicas e também diferentes edificações com o passar das eras.
Essa variedade, somada à mecânicas de desafios diários, acaba sendo um motivo para experimentar e jogar mais partidas, mesmo depois de terminar a campanha principal. Não falta o que fazer em Age of Empires IV.
Considerações
Age of Empires IV joga segura durante toda a experiência e é muito mais parecido com o adorado segundo jogo da série do que com Age of Empires III, que por melhor e mais inovador que fosse, dividiu as opiniões da comunidade 16 anos atrás.
É um jogo bonito e muito bem feito, com conteúdo o bastante para manter os fãs interessados e voltando para novas partidas por um bom tempo. Não tem a profundidade de outros jogos de estratégia atuais, mas essa "limitação" faz dele mais fácil de ser apreciado por um público amplo.
Age of Empires IV chega em 28 de outubro para PC. O jogo estará disponível no Game Pass no lançamento.
*Esta análise foi feita no PC, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Microsoft.
