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Yooka-Replaylee é o remake que o original merecia

A Playtonic acerta a mão e transforma o antigo Yooka-Laylee em uma aventura vibrante e cheia de conteúdo

10 out 2025 - 12h25
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Yooka-Replaylee é o remake que o original merecia
Yooka-Replaylee é o remake que o original merecia
Foto: Reprodução/Playtonic

Quando Yooka-Laylee chegou em 2017, ele prometia reviver a era dourada dos clássicos jogos de plataforma 3D “collectathon” — um gênero marcado pela busca incansável de itens escondidos, como em Super Mario 64, Banjo-Kazooie e Donkey Kong 64.

Apesar das boas intenções e da nostalgia, o resultado dividiu opiniões. Faltava algo da magia que seus criadores — veteranos da britânica Rare — tanto dominaram nos anos 90.

Entrevista: Playtonic fala sobre Yooka-Replaylee e o futuro da franquia

Quase uma década depois, a Playtonic Games volta ao palco com Yooka-Replaylee, uma versão totalmente repaginada que vai além de um simples remaster. Trata-se de uma reimaginação completa, com novos conteúdos, melhorias em todos os sistemas e um polimento técnico digno de 2025.

Confira a seguir aqui no Game On o que achamos do renascimento desse simpático jogo.

Um conto colorido de aventura e amizade

A história segue os inseparáveis amigos Yooka, um camaleão verde otimista, e Laylee, uma morcega roxa espirituosa, em busca de recuperar um livro mágico roubado pela corporação de Abélio Lucralto — um vilão com uma clara obsessão por poder e dinheiro (e a cara de Gru de Meu Malvado Favorito).

O enredo é leve, divertido e repleto de humor, apoiado por um visual de desenho animado vibrante e acessível a todas as idades. As crianças vão se encantar de imediato com o mundo colorido e as expressões exageradas, mas há também piadas e referências pensadas para os mais velhos.

Os heróis viajam por cinco grandes mundos, coletando os Folhins (as páginas mágicas do livro), além de moedas, penas e outros colecionáveis. Embora os temas gerais dos mundos sejam familiares, cada ambiente foi completamente redesenhado — mais denso, interativo e cheio de segredos.

Uma das maiores críticas do jogo original — mundos enormes, mas vazios — foi eliminada. Agora há algo interessante para fazer em cada canto, com o conteúdo dobrado e desafios inéditos adicionados.

Mais fluidez, mais diversão

Dupla de protagonistas conta vários comandos e habilidades
Dupla de protagonistas conta vários comandos e habilidades
Foto: Reprodução

A exploração está muito mais prazerosa. O novo mapa exibe marcadores de NPCs, pontos de teletransporte e o progresso de cada área. E falando em transporte, Marco, um novo personagem, atua como um sistema de viagem rápida entre os mundos, agilizando a movimentação sem quebrar o ritmo da aventura.

Outra mudança crucial é que Yooka e Laylee já começam com todas as habilidades desbloqueadas. O resultado é um jogo mais dinâmico desde o início — embora isso possa confundir novos jogadores, já que a dupla conta com vários movimentos. Mesmo assim, bastam alguns minutos para se acostumar à nova fluidez dos controles, que agora respondem com precisão e fluidez moderna e contam com uma câmera aprimorada.

Os Tônicos voltam em grande estilo, oferecendo 35 modificadores que alteram a jogabilidade — seja para facilitar (mais vida, menos dano) ou aumentar o desafio (menos oxigênio, um só coração de vida). Além disso, há mais de 100 cosméticos para personalizar a dupla, garantindo liberdade estética e um toque de humor extra.

Os visuais cartunescos são coloridos e muitos charmosos
Os visuais cartunescos são coloridos e muitos charmosos
Foto: Reprodução

Os visuais receberam um salto considerável de qualidade: novos efeitos de luz, vegetação reativa, partículas de neve e texturas mais ricas tornam os mundos mais vivos e expressivos.

Mas o grande destaque está na trilha sonora, agora totalmente regravada pela Orquestra Filarmônica da Cidade de Praga. As composições de Grant Kirkhope e David Wise — mestres das trilhas da Rare — ganham um brilho orquestral de arrepiar, elevando cada fase a um espetáculo audiovisual.

Outro ponto digno de aplausos é a localização brasileira dos textos. A tradução adapta nomes e expressões com criatividade rara no gênero: os “Pagies” (Páginas) viram Folhins,  "Mark" (de Marcador) virou Marco e o vilão com cara de abelha "Capital B" - sendo Capital de Dinheiro e B de Bee (Abelha) em inglês -  se transformou em Abélio Lucralto — um trocadilho brilhante que combina humor e contexto cultural. É o tipo de cuidado que aproxima o público mais jovem e dá personalidade à versão nacional.

Considerações

Yooka-Replaylee - Nota 8
Yooka-Replaylee - Nota 8
Foto: Divulgação / Game On

Com dezenas de horas de conteúdo — mais de 15 para concluir a campanha, e o dobro para quem busca 100% — Yooka-Replaylee entrega o que o original prometia, e muito mais. Não é apenas uma repintura: é uma reconstrução feita com carinho e muito amor, corrigindo falhas, expandindo ideias e celebrando o espírito dos jogos de plataforma 3D.

No fim das contas, a Playtonic conseguiu algo raro: dar nova vida a um jogo que antes parecia perdido no tempo. Com charme, humor e um coração genuíno, Yooka-Replaylee é um lembrete de que a nostalgia pode sim evoluir junto com o jogador.

Se você gosta desse gênero de jogo collectathon, ou procura algo bacana para seu filho ou sobrinho se divertir, este é um título mais do que recomendado.

Yooka-Replaylee está disponível para PC, PlayStation 5, Nintendo Switch 2 e Xbox Series X/S.

Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Playtonic Games.

Fonte: Game On
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