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Towa and the Guardians of the Sacred Tree reforça a tradição anual dos roguelites

Entre batalhas estratégicas e minigames criativos, o jogo equilibra desafio e personalidade própria

18 set 2025 - 10h59
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Towa and the Guardians of the Sacred Tree reforça a tradição anual dos roguelites
Towa and the Guardians of the Sacred Tree reforça a tradição anual dos roguelites
Foto: Reprodução / Bandai Namco

Nos últimos anos, os roguelites praticamente se tornaram uma tradição anual no calendário de lançamentos, sempre trazendo novas variações de fórmulas já conhecidas. Dentro desse cenário, surge Towa and the Guardians of the Sacred Tree, um título que mistura a estrutura clássica do gênero com um forte apelo narrativo e personagens carismáticos.

O jogo convida o jogador a explorar um mundo de fantasia, onde batalhas intensas se alternam com momentos mais leves, como minigames e interações no vilarejo. O resultado é uma experiência que, mesmo familiar para fãs do gênero, busca criar sua própria identidade com boas ideias e detalhes marcantes.

Os guardiões da árvore sagrada 

Towa and the Guardians of the Sacred Tree nos transporta para uma terra de fantasia onde Towa, a protagonista, e seus aliados guardiões protegem a aldeia de Shinju. Certo dia, um evento causado por Magatsu, que busca dominar todo o universo com seu exército Magaori, força Towa a assumir a liderança para descobrir como deter essa ameaça e proteger todos ao seu redor.

Apesar de ser um roguelite, a trama é bem trabalhada por meio de cenas narradas que misturam arte japonesa e interações entre os personagens do grupo, os moradores da vila e a própria Towa, uma protagonista otimista. Infelizmente, o jogo não conta com legendas em português, o que é um ponto negativo, já que possui bastante diálogo. Mesmo com o ótimo trabalho dos dubladores em inglês, parte do impacto se perde para quem não é fluente.

Antes de cada missão é necessário escolher entre os aliados quem será o Tsurugi e quem será o Kagura. O primeiro é responsável pelos golpes físicos, enquanto o segundo atua como suporte, utilizando magias. O diferencial está no fato de que cada personagem funciona bem em ambas as funções. Rekka, por exemplo, foi a que mais utilizei no ataque por conta de sua habilidade em área, mas caso fosse usada como suporte, teria à disposição uma flecha de fogo e a possibilidade de conjurar escudos para ajudar nas lutas.

A direção de arte do jogo é bastante bonita
A direção de arte do jogo é bastante bonita
Foto: Reprodução / Matheus Santana

O combate em si, além da mecânica de escolher dois personagens, segue um padrão comum para roguelites, mas isso não é um problema, já que o jogo entrega bem o que se propõe. Um detalhe que traz certa diferenciação é o limite de uso da espada, o que força a alternância para outra arma com golpes diferentes. Também há o fatal blow, um ataque mais poderoso que demora um pouco para ser carregado, mas compensa pelo impacto. Outro ponto que agrada é a presença de um contador de combos durante as batalhas, lembrando os clássicos hack and slash. Jogando sozinho, é possível controlar também o personagem de suporte para não depender totalmente da IA, e quem tiver outro controle em casa pode aproveitar o modo cooperativo local.

Um aspecto interessante está na forma como o jogo apresenta escolhas durante o avanço pelas fases. Cada porta indica previamente as recompensas que podem ser obtidas, o que ajuda a planejar o caminho até o chefe final. Algumas levam às Graças, habilidades passivas com uma lista extensa de até dez tipos, registradas em um álbum para facilitar a lembrança das favoritas. Outras abrem caminho para itens úteis em lojas que aparecem ocasionalmente ou para melhorias nos atributos dos personagens. Também é possível encontrar locais de descanso, como águas termais ou fogueiras, onde os personagens interagem e o jogador pode alterar a magia utilizada pelo aliado designado como Kagura.

Os Magaori oferecem bons desafios ao final de cada fase
Os Magaori oferecem bons desafios ao final de cada fase
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Os inimigos comuns não chegam a ser muito desafiadores, já que sempre há um indicador demonstrando onde o ataque será desferido. Ainda assim, é importante prestar atenção no companheiro de suporte e posicioná-lo corretamente para evitar danos, já que a barra de vida é compartilhada. O lado esquerdo representa quem está sob o controle do jogador e o direito corresponde ao aliado. Caso a vida dele chegue a zero, ele passa a vagar como um espírito, ainda participando do combate, mas com golpes que causam pouquíssimo dano. Se os inimigos não impressionam, os chefes fazem o oposto. Eles são verdadeiras provações que colocam em prática todas as mecânicas do sistema de combate. Se não houver Graças acumuladas até esse ponto, a luta se torna bem mais complicada e a derrota significa ter que refazer toda a fase para tentar novamente.

Fora do combate, o vilarejo de Shinju é um ponto central da aventura. Ali podemos conversar com NPCs para entender melhor o contexto da história e as motivações dos personagens, além de praticar e adquirir itens úteis para a jornada. Mas o que realmente se destaca são os minigames.

O de ferreiro, que já havia chamado atenção em testes anteriores, continua excelente. Ele funciona como uma verdadeira oficina de espadas, permitindo customizar lâminas à vontade ou escolher modelos prontos, antes de partir para a parte prática. Towa literalmente mergulha no processo de forja, resfriando o metal na água, martelando até atingir o formato certo e cumprindo minijogos de QTE ou memória durante as etapas. A pesca também marca presença, oferecendo uma distração divertida e ainda útil, já que os peixes podem ser vendidos para desbloquear novas opções.

Considerações

Towa and the Guardians of the Sacred Tree - Nota 8
Towa and the Guardians of the Sacred Tree - Nota 8
Foto: Divulgação / Game On

Towa and the Guardians of the Sacred Tree não tenta revolucionar o gênero, mas acerta em pontos importantes. O sistema de combate é simples, porém funcional, e o esquema de recompensas ao escolher rotas mantém cada partida interessante. O destaque fica por conta dos minigames, que adicionam variedade e dão identidade própria ao jogo, especialmente o de forja e pesca, que combina bem com o clima de aventura.

A ausência de legendas em português é um ponto negativo, já que há bastante diálogo, mas a boa direção de arte e a sensação constante de progresso equilibram a experiência. No fim, é um roguelite competente que mostra como o gênero ainda tem fôlego para oferecer jornadas divertidas e memoráveis.

Towa and the Guardians of the Sacred Tree chega em 19 de setembro para PC, PlayStation 5, Switch e Xbox Series.

Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Bandai Namco.

Fonte: Game On
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