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Sopa: Tale of the Stolen Potato mistura fantasia e afeto em uma jornada tocante

Uma aventura simples em aparência, mas cheia de emoção e criatividade

9 out 2025 - 15h01
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Sopa: Tale of the Stolen Potato mistura fantasia e afeto em uma jornada tocante
Sopa: Tale of the Stolen Potato mistura fantasia e afeto em uma jornada tocante
Foto: Reprodução / StudioBando

Sopa: Tale of the Stolen Potato é um daqueles jogos que chamam atenção pela sensibilidade. Desenvolvido pelo StudioBando, o título aposta em um enredo intimista e visualmente encantador, explorando temas de família e descoberta com uma estética que mistura simplicidade e emoção.

Mas será que essa leveza toda consegue se sustentar quando a parte prática da aventura entra em cena? A narrativa cativante caminha lado a lado com os momentos de exploração, e Sopa tenta equilibrar emoção e jogabilidade — é justamente nesse contraste que o jogo revela suas maiores virtudes e limitações.

Muito além de uma simples receita

Sopa é uma bela história sobre Miho, um jovem rapaz que vive com sua avó. Certo dia, ela decide preparar uma sopa de batata e pede para o neto buscar um saco no estoque da casa. O que deveria ser uma tarefa simples acaba se tornando uma jornada muito maior do que ele imaginava. Um sapo travesso, que lembra bastante o Raposo do desenho Dora, a Aventureira, rouba o saco e leva Miho para um mundo completamente diferente do seu. A partir daí, embarcamos em uma aventura de aprendizado e descoberta, acompanhada por belos cenários e uma direção de arte que homenageia de forma muito boa a cultura da América do Sul.

Os personagens encontrados ao longo da jornada reforçam o tema central de Sopa: família e os legados deixados por quem amamos. Cada um reflete, de forma diferente, o que Miho está vivenciando. Suas histórias e comportamentos servem como espelhos emocionais, ajudando o protagonista a amadurecer e entender melhor o que realmente significa cuidar de quem está ao seu lado.

Mesmo que os personagens falem em uma língua inventada e ininteligível, o que chega a ser engraçado em alguns momentos, o jogo não conta com localização para o português. É uma pena, principalmente pelas interações entre Miho e sua avó e pelas escolhas de diálogo que aparecem em várias situações. Ainda assim, é compreensível que isso ocorra por se tratar de uma produção indie. Fica a torcida para que uma atualização futura traga legendas em português e aproxime mais jogadores dessa experiência.

Foto: Reprodução / StudioBando

A jogabilidade mistura diferentes estilos de forma curiosa. O início traz uma sequência de QTEs, eventos em que é preciso apertar botões rapidamente, mas o destaque fica por conta de um momento criativo em que Miho precisa atravessar um rio. O cenário alterna entre o mundo real e o fantástico, a antiga despensa se transforma em uma floresta densa, e o jogador precisa coletar itens nos dois planos, como um cesto de roupas e uma vassoura, para seguir em frente. Essa troca de perspectivas funciona muito bem e mostra o quanto o estúdio soube brincar com a imaginação dentro de uma narrativa simples.

No entanto, quando essa parte termina e chegamos ao mercado dos sapos, o ritmo começa a cair. Os quebra-cabeças e segmentos de exploração acabam se tornando repetitivos. Mesmo com o log indicando o que deve ser feito, há momentos em que as tarefas se estendem mais do que o necessário. Além disso, alguns enigmas são pouco intuitivos, e os personagens que deveriam ajudar soam mais enigmáticos do que úteis, dificultando a fluidez da experiência.

Por fim, joguei Sopa no Steam Deck, que considero perfeito para esse tipo de jogo. O desempenho é satisfatório, mas chama atenção o fato de que, mesmo no alto, ele não passa dos 30fps. Com os gráficos no médio e baixo, o desempenho melhorou bastante, rodando de forma estável e sem quedas perceptíveis.

Considerações 

Sopa: Tale of the Stolen Potato - Nota 7,5
Sopa: Tale of the Stolen Potato - Nota 7,5
Foto: Divulgação / Game On

Sopa: Tale of the Stolen Potato é um jogo cheio de coração, mas apenas isso acaba não sustentando o jogo por muito tempo. Apesar da boa direção de arte e da tentativa de construir uma narrativa sensível, a jogabilidade se torna arrastada rápido demais, com puzzles pouco inspirados e momentos de exploração que carecem de propósito.

A falta de localização para o português também pesa, já que boa parte da proposta está nos diálogos e nas interações com os personagens. No fim, Sopa tem boas ideias e um visual agradável, mas falta ritmo e consistência para transformar essa boa intenção em algo realmente memorável.

Sopa: Tale of the Stolen Potato esta disponível para PC e Xbox Series, podendo ser jogado também via Game Pass.

Fonte: Game On
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