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Ready or Not chega aos consoles como um dos FPS táticos mais imersivos da geração

Jogo ganha vida nova no PlayStation e Xbox, trazendo tensão, estratégia e imersão

22 jul 2025 - 10h40
(atualizado às 10h41)
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Ready or Not chega aos consoles como um dos FPS táticos mais imersivos da geração
Ready or Not chega aos consoles como um dos FPS táticos mais imersivos da geração
Foto: Reprodução / VOID Interactive

Entre os lançamentos táticos em primeira pessoa, poucos chamaram tanta atenção nos últimos anos quanto Ready or Not. Desenvolvido pela VOID Interactive, o jogo chegou originalmente ao PC e, desde então, acumulou elogios por sua abordagem realista, com missões baseadas em operações da SWAT e um ritmo mais cadenciado. Agora, com sua estreia nos consoles, a experiência tática finalmente alcança um novo público, sem abrir mão das características que definem sua proposta.

A versão para Xbox e PlayStation mantém o foco na simulação e na complexidade das mecânicas. Mesmo sem uma campanha com cenas cinematográficas, o jogo investe no detalhamento narrativo via missões, oferecendo profundidade para quem busca uma experiência metódica. Do planejamento à execução, cada decisão pesa, e Ready or Not mostra que ainda há espaço para jogos que apostam em tensão e estratégia de forma quase documental.

Cidade dos Sonhos

Ready or Not nos leva diretamente para o coração da cidade fictícia Los Sueños, mas é bem visível que ela possui inspirações na Califórnia. A cidade é consumida pelos diversos tipos de crime, onde o medo está em todos os lugares. Controlamos um agente da SWAT, cujo objetivo é direto: controlar todo tipo de dano e levar justiça a uma cidade corrompida há muito tempo. Por mais que o título não tenha nenhum tipo de cena na campanha principal, ela é envolvente quando lemos os detalhes no tablet para saber mais sobre o que estamos prestes a ver nas missões.

Boa parte do tempo que iremos passar é na sede de polícia de Los Sueños, onde decidimos qual missão selecionar. Os objetivos nas missões são bem variados e contam com um bom fator replay por conta da pontuação ao final. Repeti algumas delas para tentar melhorar minha nota e fiquei surpreso ao perceber que os inimigos mudam de posição. Outro ponto muito positivo é como os cenários tornam cada missão diferente. Mesmo sendo um jogo pensado mais para o lado urbano, há missões em locais diversos, como um posto de gasolina, apartamentos, florestas e áreas com várias casas, onde o uso da visão noturna se torna essencial.

Preferi começar no modo solo e me surpreendi bastante com a inteligência artificial dos companheiros de equipe. Muitas vezes nem precisei pedir para eles algemarem alguém ou coletarem provas. A sensação era de estar em uma partida online de verdade, de tão natural que foi o comportamento da equipe.

O título conta com localização para o português brasileiro, o que é essencial para entender todas as mecânicas, e são muitas. Mas essa localização teve um problema. Praticamente tudo está traduzido de forma correta, menos as legendas dos diálogos quando estamos na sede da SWAT e nas missões, como os diálogos do nosso personagem, dos reféns e de outros personagens durante as missões.

A localização para o português não está completa
A localização para o português não está completa
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Mais divertido do que parece

Realismo é a palavra que mais define Ready or Not. Nosso personagem se move devagar por conta do peso do equipamento. Não podemos correr, apenas acelerar um pouco ao abaixar a arma. Podemos delegar ordens à equipe e realizar diversas ações, a ponto de parecer confuso no início com tanta opção. Mas é um confuso bom de aprender, e completar uma missão de forma limpa com a equipe é ainda mais satisfatório.

Pode parecer que o realismo exagerado afasta, mas é justamente isso que torna o jogo especial. O movimento lento, o recuo das armas e a tensão de cada tiroteio fazem com que cada missão se torne memorável. Durante as missões, precisei ordenar que meus aliados arrombassem portas e lançassem granadas de luz para podermos avançar com cautela. Uma das ferramentas mais úteis foi a vareta óptica, que serve como espelho para ver o que há atrás das portas.

O combate é algo que o jogo nos incentiva a evitar. A barra de vida é limitada, mostrando as partes do corpo atingidas. Quando todas ficam vermelhas, é fim de jogo e é preciso reiniciar a fase no modo solo. No online, ainda podemos assistir os colegas tentando concluir a missão. Em algumas trocas de tiro precisei estancar sangramentos, o que adiciona profundidade e mais um motivo para evitar confronto direto. Nem todos os inimigos obedecem à ordem de se render, muitos partem para o confronto imediatamente.

Los Sueños conta com belos cenários ao longo das fases
Los Sueños conta com belos cenários ao longo das fases
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Com o avanço nas fases, desbloqueamos muitas customizações para o personagem. A variedade de uniformes é grande, todos pensados nas forças táticas reais, sem exageros. Também é possível trocar capacete, luvas e botas. O colete, além de ter personalização visual, afeta diretamente a jogabilidade, como a quantidade de itens que podemos levar. O arsenal de armas é extenso e bem customizável. Gostei tanto que nem consegui escolher uma favorita — queria testar todas.

O título possui dois modos gráficos, o desempenho e fidelidade. Acabei não notando grandes diferenças visuais entre eles, além da taxa de quadros mais alta no modo desempenho. Não tive quedas de performance, apenas pequenos erros visuais em personagens durante as missões, como bandidos com máscaras fora do lugar, principalmente na hora de prendê-los. Mas nada que atrapalhe de fato.

Apesar de tudo funcionar bem, houve um problema que me pegou desprevenido. Ao retornar ao jogo, percebi que meu progresso havia sido apagado. Quase apaguei o jogo, mas encontrei uma solução simples na internet e consegui recuperar meu save exatamente de onde havia parado.

Considerações

Ready or Not - Nota 8,5
Ready or Not - Nota 8,5
Foto: Divulgação / Game On

Ready or Not é uma adição de peso ao catálogo de FPS táticos nos consoles. A adaptação funciona bem e preserva a tensão que consagrou a versão de PC, entregando variedade nas missões, inteligência artificial competente e um sistema de customização robusto. Mesmo com pequenos problemas técnicos e limitações na localização, a experiência geral permanece intensa e gratificante.

Seja no solo ou no cooperativo, o título valoriza a tomada de decisão e oferece um ritmo bem diferente dos shooters tradicionais. É o tipo de jogo que recompensa a paciência e o cuidado, que merece espaço entre os destaques do gênero nos consoles.

Ready or Not está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

Esta análise foi feita no Xbox Series S, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela ID@Xbox.

Fonte: Game On
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